FONTE: Agência Assembleia
O líder da Oposição na Assembleia,
deputado Marcelo Tavares (PSB), classificou como “Lei do Cão II” a
proposta de reajuste salarial apresentada recentemente pelo Governo
Roseana Sarney ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do
Maranhão (SINPROESEMMA).
De acordo com o parlamentar, que
realizou pronunciamento sobre o assunto na sessão desta segunda-feira
(12) da Assembleia, a proposta governista não atende à determinação da
Lei 11.738/2008, que estabelece o piso salarial nacional no valor de R$
1.187,00 para o vencimento inicial da carreira do magistério.
A proposta, considerada por Marcelo
Tavares como uma tentativa de enganar os professores maranhenses, previa
que os educadores teriam reajuste de 26% escalonado em quatro anos e
incorporação de 80% da Gratificação por Atividade do Magistério (GAM).
No entanto, a gratificação, atualmente de 100%, já é uma conquista dos
trabalhadores, porém ainda não incorporada aos salários.
“Para que não ficasse exatamente igual à
matéria apresentada no Governo Jackson Lago, ela [Roseana Sarney]
solicitou que a GAM não fosse incorporada e permanecesse como
gratificação. Ou seja, a Roseana Sarney, depois de tanto criticar, de
tanto bater na proposta de subsídio do Governo Jackson Lago, apresenta,
agora, a Lei do Cão II, que não trataria nenhum aumento ao servidor e
muito menos pagaria o salário mínimo no salário base como determina o
Supremo Tribunal Federal”, explicou o deputado.
Conforme o deputado do PSB, houve
durante a última greve um compromisso da governadora Roseana Sarney no
sentido de que, logo após a publicação do acórdão pelo Supremo Tribunal
Federal, seria estabelecido o piso nacional do magistério e a sua
imediata aplicação.
“É a volta da Lei do Cão, a Lei do Cão
II, que é a incorporação da GAM como subsidio, e sem trazer nenhum
aumento ao servidor e muito menos pagar o salário mínimo no salário base
como determina o STF. Este Governo, de fato, não merece credibilidade. É
um Governo que não assume nenhuma de suas posições públicas e só
acredita na embromação e na falta de respeito à palavra dada e aos
acordos firmados”, frisou Marcelo Tavares.
Proposta Rechaçada
Na semana passada, durante reunião da
mesa de negociação permanente, o SINPROESEMMA rechaçou a proposta de
reajuste salarial apresentada pelo Governo do Estado.
“A tabela apresentada pelo Sindicato ao
Governo, na semana passada, esta, sim, com base no piso determinado pelo
Ministério da Educação (MEC), sequer foi avaliada pelo Governo, que nos
apresentou uma proposta simulada que foge totalmente dos parâmetros
estabelecidos em Lei”, disse o presidente do Sindicato, Júlio Pinheiro.
De acordo com decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF), que julgou recentemente a constitucionalidade da
Lei do Piso, os Estados e Municípios devem pagar imediatamente o piso
de R$ 1.187,00 para os professores. “Temos, a nosso favor, uma
determinação legal que obriga os Governos a pagarem, de imediato, o
valor de R$ 1.187,00 como vencimento inicial da carreira e o Governo do
Maranhão apresenta proposta de pagar o valor de R$ 1.077,00, abaixo do
piso atual, daqui a quatro anos. Não podemos aceitar a proposta desta
forma”, argumentou o presidente.
Júlio Pinheiro ressaltou, ainda, que com
essa proposta “o Governo não considera o piso atual determinado em Lei,
que já é devido ao trabalhador, e não considera também as correções que
esse valor terá, ano a ano, propondo nesse momento uma tabela estanque,
jogando para frente, em quatro anos, um reajuste abaixo do percentual
que já é devido aos trabalhadores”.






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