Depois de receber parecer contrário da Comissão de Constituição,
Justiça e Cidadania da Casa, o projeto de lei do deputado César Pires
que impedia a remoção do servidor que estivesse realizando cursos de
graduação para outra localidade daquela onde realiza seus estudos
durante o período de realização do curso foi rejeitado, ontem, na
Assembleia Legislativa.
Ainda de acordo com o PL, os servidores beneficiados pelo afastamento
do cargo para a realização do curso de graduação, terão que permanecer
no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao
do afastamento concedido.
Apesar de seu projeto ter recebido parecer contrário na CCJ da Casa, o
deputado César Pires foi à tribuna tentar convencer seus pares a aprovar
a proposta, o que não aconteceu. A decisão do plenário não agradou o
parlamentar, que durante seu encaminhamento fez pesadas críticas aos
seus colegas.
“O que estou pedindo é simples, é dar direito aos professores e aos
funcionários públicos de poder fazer um mestrado e doutorado, que,
àquela época, não preconizava, só a partir 96 com aquela LDB foi
permitido diploma de terceiro grau, para que os professores pudessem dar
o ensino médio”.
Aparentemente nervoso o deputado citou Cícero para comparar a decisão
do plenário de rejeitar seu projeto com uma traição: Uma Nação pode
sobreviver aos idiotas e até aos gananciosos, mas não pode sobreviver à
traição gerada dentro de si mesmo. O inimigo exterior não é tão perigoso
porque é conhecido, mas porque carrega também as suas bandeiras
abertamente.
Por mais de uma vez César Pires apelou para a consciência dos deputados
na hora de votar o seu projeto. “Eu me recuso peremptoriamente a
aceitar os descaminhos desses e esta Casa não poder continuar a, pelo
menos, entregar a sociedade determinados tipos de avanço”. Tudo em vão e
a matéria acabou rejeitada.
FONTE: JP
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Rejeitado projeto que beneficia professores em curso de graduação
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