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quarta-feira, 11 de junho de 2025

Memória Viva: O Quilombo São Sebastião dos Pretos e a Resistência Afro-Brasileira

Ao cruzar o portal simbólico do Quilombo São Sebastião dos Pretos,município de Bacabal no Maranhão; meio à vegetação que guarda a história silenciada por séculos, é impossível não sentir a presença vibrante dos ancestrais africanos. O ar parece carregado de memória, de luta e de resistência. Ali, a energia que permeia o ambiente transcende o tempo e se manifesta em cada objeto, em cada gesto, em cada canto da comunidade que se recusa a deixar sua história ser apagada.

O Quilombo, mais do que um território, é um espaço de preservação cultural, social e espiritual. No coração da comunidade, o Memorial Quilombola São Sebastião dos Pretos é um centro dedicado a resgatar e manter viva a trajetória de resistência de seus antepassados. O local abriga uma coleção de artefatos que remontam ao período escravagista, peças que, embora carreguem o peso da opressão, hoje são símbolos de sobrevivência e de luta. Correntes, ferramentas de trabalho forçado, utensílios domésticos e vestimentas do período compõem um acervo que revela as feridas da história, mas também a força que brotou da dor.

Mais do que um museu, o espaço é um santuário da memória afro-brasileira. Ali, a cultura se manifesta de forma plural: nos instrumentos musicais usados nos rituais, nos objetos sagrados das religiões de matriz africana, nas fotografias que eternizam os rostos da comunidade, e nas rodas de conversa onde a oralidade mantém viva a história dos antigos. É um lugar onde a religiosidade pulsa intensamente, seja nas festas para São Sebastião — santo de devoção local — seja nas celebrações de Umbamda, onde os orixás recebem homenagens e reafirmam os laços com a ancestralidade africana.

Os moradores do Quilombo São Sebastião dos Pretos assumem, com orgulho, uma postura antirracista e de resistência ativa. O combate ao racismo estrutural é parte integrante da vida comunitária e se reflete em ações educativas, oficinas culturais, e na abertura do espaço para escolas e universidades interessadas em conhecer a verdadeira história do Brasil — aquela que por muito tempo foi invisibilizada.

"Quando você pisa aqui, sente os nossos ancestrais te acolhendo", diz Dona Tereza, uma das moradiras da comunidade. "Cada objeto que guardamos tem uma história, tem uma voz. Não estamos presos ao passado, estamos reconstruindo o presente com base nele."

O Memorial Quilombola São Sebastião dos Pretos é, assim, um farol que ilumina o caminho de volta às raízes, um lembrete de que a cultura afro-brasileira é essencial para entender quem somos enquanto nação. A luta pela preservação do espaço é também uma luta por reconhecimento, por reparação histórica e pela continuidade de um legado que, apesar de todas as tentativas de apagamento, resiste com força, dignidade e orgulho.



























terça-feira, 10 de junho de 2025

Bacabal celebra o centenário de João Mohana

 

A cultura e a memória literária foram celebradas com entusiasmo na noite desta segunda-feira (09), durante a Sessão Pública da Academia Bacabalense de Letras (ABL), realizada no auditório da Escola 17 de Abril. O evento marcou a abertura oficial da I Semana Cultural João Mohana, iniciativa que homenageia o centenário de nascimento do renomado padre e escritor João Mohana, uma das figuras mais emblemáticas da literatura maranhense.

A solenidade foi conduzida com elegância pela escritora Liduína Tavares, mestre de cerimônia da noite, que destacou a importância de João Mohana para a literatura regional e nacional. Em seguida, o escritor José Casanova, ocupante da Cadeira Nº 1 da ABL patroneada pelo homenageado, subiu ao palco para ministrar a palestra "O Mestre das Letras e do Espírito", na qual fez uma profunda e sensível abordagem sobre a trajetória de vida, o legado espiritual e a vasta produção literária de Mohana.

A plateia, formada por acadêmicos, estudantes, professores e admiradores da obra do homenageado, participou ativamente do momento, compartilhando reflexões e experiências pessoais com os textos do autor. Alguns presentes levaram exemplares das obras de João Mohana, que exibiram com orgulho, demonstrando o carinho e a admiração ainda vivos pela sua escrita e ensinamentos.

Outro destaque da noite foi a participação de Stuart Júnior, representante da Academia de Letras de São Mateus, que usou da palavra para enaltecer a relevância do evento e reforçar os laços entre as instituições culturais da região.

A Sessão Pública da Academia Bacabalense de Letras foi um marco na programação da Semana Cultural e, sem dúvida, ficará registrada como um capítulo importante na história cultural do município de Bacabal, ao valorizar a memória de um autor que soube, com maestria, unir o pensamento humanista à arte de escrever.

A programação da I Semana Cultural João Mohana segue ao longo da semana com atividades literárias, apresentações culturais e rodas de conversa dedicadas à obra e à influência do padre escritor.











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sexta-feira, 6 de junho de 2025

Árbitros do Xadrez: Heróis Invisíveis

Em cada torneio, em cada partida, há uma presença silenciosa que poucos notam, mas que faz toda a diferença: o árbitro. Ele não é apenas um fiscal das regras, mas um guardião da essência do xadrez. Um jogo que é muito mais do que movimentos sobre o tabuleiro, é um encontro de mentes, emoções e respeito.

Imagine o árbitro como aquele amigo que está ali para garantir que tudo aconteça com justiça, mesmo quando as emoções estão à flor da pele e a pressão é quase insuportável. Seu olhar atento capta o instante exato, sua voz firme impõe ordem sem apagar a chama da competição. Ele é o equilíbrio entre a tensão e a calma, entre a disputa e o respeito.

Mas, o que poucos percebem é que o árbitro carrega um peso invisível. Ele precisa tomar decisões difíceis, muitas vezes impopulares, que podem mudar o destino de uma partida... E às vezes, de uma carreira. Ainda assim, faz isso com um senso profundo de responsabilidade, movido pela paixão pelo xadrez e pelo desejo sincero de preservar a sua integridade.



Ser árbitro é estar no em cada torneio, em cada partida, há uma presença silenciosa que poucos notam, mas que faz toda a diferença: o árbitro. Ele não é apenas um fiscal das regras, mas um guardião da essência do xadrez. Um jogo que é muito mais do que movimentos sobre o tabuleiro, é um encontro de mentes, emoções e respeito.

Imagine o árbitro como aquele amigo que está ali para garantir que tudo aconteça com justiça, mesmo quando as emoções estão à flor da pele e a pressão é quase insuportável. Seu olhar atento capta o instante exato, sua voz firme impõe ordem sem apagar a chama da competição. Ele é o equilíbrio entre a tensão e a calma, entre a disputa e o respeito.

Mas, o que poucos percebem é que o árbitro carrega um peso invisível. Ele precisa tomar decisões difíceis, muitas vezes impopulares, que podem mudar o destino de uma partida... E às vezes, de uma carreira. Ainda assim, faz isso com um senso profundo de responsabilidade, movido pela paixão pelo xadrez e pelo desejo sincero de preservar a sua integridade.

Ser árbitro é estar no centro de um furacão silencioso, onde cada lance, cada segundo conta. É lidar com o inesperado, com o desafio, com a complexidade humana por trás das peças. É ser, acima de tudo, um guardião do respeito: entre adversários, consigo mesmo e com o próprio jogo.

Por isso, da próxima vez que você assistir a uma partida, pare um momento para olhar para aquele homem ou mulher que está ali, atento(a) sereno(a), quase invisível. Eles são os verdadeiros heróis do xadrez, que trabalham para que o sonho de milhões de enxadristas seja protegido e respeitado.

Aos árbitros, nossa gratidão profunda. Vocês são a alma silenciosa que mantém o xadrez vivo, justo e belo.

• Texto dedicado para todos os árbitros de xadrez do Brasil e do mundo. 🛃🌎

Com extremo carinho,

Neto_Velaz