Aula Inaugural do SENAC Reúne Alunos de Administração e Estética em Bacabal

ROSIVAN DIAS AFIRMA QUE SENAC DE BACABAL SERÁ REFERÊNCIA NO MARANHÃO

Pedreiras, Lima Campos e Trizidela do Vale são premiados com Selo de Referência em Atendimento pelo Sebrae

A Sala de Pedreiras ganhou Selo Ouro

Programa Saúde Ocular Beneficia Cerca de 200 Crianças em Bacabal

Programa é uma parceria entre as secretarias de Educação e Saúde

Sessão Solene na Câmara Municipal de Bacabal Celebra o Dia Internacional da Mulher

Vereadoras Nathália Duda e Regilda Santos conduzem Sessão Solene

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

CRÔNICA DO DIA: Ao Mestrinho com Carinho

Era 30 de dezembro de 2024 quando Bacabal perdeu um dos seus filhos adotivos mais ilustres. José dos Santos, conhecido carinhosamente como Mestrinho, partiu aos 90 anos, deixando um legado que transcende gerações. Um homem de estatura pequena, mas de uma grandeza que refletia nos corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Nascido em um Brasil em transformação, Mestrinho cresceu em meio às dificuldades que moldaram o seu espírito combativo. Militante comunista, sindicalista e defensor incansável da democracia, ele se tornou um farol para os que acreditavam em um país mais justo e igualitário. Sua luta era pelo coletivo, pelo bem comum, pela garantia de direitos que, para muitos, ainda eram um sonho distante.

Nos tempos sombrios da ditadura militar, Mestrinho teve que abandonar a luz do dia e viver na sombra da clandestinidade. Perseguido por acreditar em um mundo diferente, nunca perdeu a convicção. Ao contrário, a adversidade parecia reforçar sua vontade de lutar. Ele sabia que sua vida não era apenas sua; era também um instrumento para transformar a vida dos outros.

acSua presença no Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes de Bacabal foi um marco na história local. Como presidente por muitos anos, Mestrinho não apenas organizou a categoria, mas inspirou cada trabalhador a compreender seu valor e seu papel na construção de um Brasil melhor. Sob sua liderança, o sindicato deixou de ser apenas uma instituição burocrática e se tornou uma família, onde o apoio mútuo era a base para enfrentar os desafios.

O que fazia de Mestrinho um líder não era apenas sua habilidade política ou seu discurso eloquente. Era a empatia. Ele não apenas ouvia as histórias dos feirantes; ele as vivia. Caminhava pelas barracas, conversava com cada um como se fossem velhos amigos e nunca deixava de oferecer uma palavra de incentivo. Mestrinho acreditava que a verdadeira revolução começava na relação humana.

Quem o conheceu, carrega lembranças que aquecem o coração. Aquele sorriso largo que parecia abraçar o mundo, as mãos calejadas que traduziam anos de trabalho e luta, e o olhar sereno que transmitia uma sabedoria única.

Sua partida deixou um vazio imenso, mas também a certeza de que ele vive nos ideais que plantou. Mestrinho nos ensinou que a luta não termina, que a democracia é um bem a ser preservado e que cada um de nós tem o poder de fazer a diferença.

Hoje, ao lembrarmos de Mestrinho, celebramos não apenas o homem que ele foi, mas o que ele representa. Um exemplo de coragem, resistência e Esperança. Ao Mestrinho, com carinho, fica a nossa eterna gratidão.

Por José Casanova
Professor, Jornalista e Escritor
Membro da Academia Bacabalense de Letras
Academia Mundial de Letras da Humanidade
Tutor da Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil


domingo, 29 de dezembro de 2024

CRÔNICA DO DIA: A Lista de Secretários

 Na Terra da Bacaba, onde as rodas de conversa são quase tão tradicionais quanto o arroz de cuxá, o tema da vez não poderia ser outro: a tão aguardada lista de secretários do prefeito eleito Roberto Costa. A cidade vive uma mistura de ansiedade e especulação, como se o anúncio fosse uma espécie de final de campeonato – só que, em vez de gols, o que conta são os nomes escolhidos para compor o time.

Nos bares e restaurantes, os autoproclamados cientistas políticos dão um show à parte. Entre uma cerveja e outra, surgem listas que mais parecem fruto de uma imaginação fértil ou, quem sabe, de apostas malucas. Alguns nomes são tão inusitados que arrancam risos, outros provocam olhares desconfiados. Mas, convenhamos, Bacabal é especialista em transformar especulação em arte – ou comédia.

O fato é que não existe lei que obrigue um prefeito a apressar o anúncio. A prudência, como diz o ditado, é uma virtude, e Roberto Costa parece entender isso muito bem. Afinal, formar um secretariado não é tarefa para impulsivos; é preciso estratégia, diálogo e, claro, paciência para lidar com os inúmeros aspirantes que surgem de todos os cantos, cada um com sua justificativa impecável para ocupar um cargo.

Enquanto isso, há quem queira, de qualquer maneira, uma fatia do bolo do poder. É como se a política fosse um grande buffet onde todos tentam garantir seu lugar à mesa. E, no meio dessa disputa, não faltam aqueles banhados de inveja, sempre prontos a apontar um defeito – real ou inventado – em qualquer nome que apareça na lista, mesmo que ela ainda nem exista.

Os fofoqueiros de plantão, esses são um caso à parte. Transformam cada ausência de notícia em um prato cheio para suas teorias, destilando venenos em doses tão concentradas que poderiam rivalizar com qualquer telenovela. Eles esperam a lista quase em crise de ansiedade, como se dependessem dela para dar sentido aos seus dias – e, talvez, dependam.

Por outro lado, é impossível não parabenizar Roberto Costa pela prudência. Ele entende que o jogo nem começou e que cada escolha precisa ser feita com a precisão de um cirurgião. Melhor dar um passo de cada vez do que tropeçar na pressa. A política, afinal, não é corrida de 100 metros, mas uma maratona cheia de curvas e obstáculos.

E assim segue Bacabal, com sua curiosidade coletiva e suas listas imaginárias. Enquanto o prefeito eleito não revela os nomes, o espetáculo da especulação continua. E, convenhamos, é uma das diversões mais típicas e deliciosamente humanas que a cidade pode oferecer.


Por José Casanova

Professor, Jornalista e Escritor

Membro da Academia Bacabalense de Letras

Academia Mundial de Letras da Humanidade

Tutor da Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Lista de Aprovados no Teste de Aptidão Musical é Divulgada pela Escola de Música Almir Garcez Assaí


 A Escola de Música Almir Garcez Assaí, referência no ensino musical, divulgou a lista nominal dos candidatos aprovados no teste de aptidão musical, etapa obrigatória para ingresso na instituição. O anúncio foi feito através dos canais oficiais da escola e gerou grande expectativa entre os inscritos.

Os candidatos selecionados terão até o dia 30 de dezembro para efetuar a matrícula, conforme informou Maria José, responsável pelo setor administrativo da escola. “Pedimos aos aprovados que não deixem para a última hora. É essencial trazer a documentação completa para garantir a vaga, já que não haverá prorrogação do prazo”, alerta Maria José, reforçando a importância do cumprimento dos prazos estabelecidos.

O Secretário de Cultura, Maestro Victor Emanuel, também deixou uma mensagem especial para os aprovados. “Este é o início de uma jornada transformadora na vida de cada um de vocês. O talento é um dom, mas ele se desenvolve com dedicação e estudo. A Escola de Música Almir Garcez Assaí está aqui para ajudá-los a alcançar o potencial máximo. Parabéns a todos que passaram por essa etapa desafiadora! Estamos ansiosos para recebê-los”, declarou o maestro.

Os futuros alunos terão acesso a uma grade curricular diversificada, com aulas teóricas e práticas, abrangendo desde teoria musical até performance instrumental e vocal. A escola, renomada pela formação de músicos que se destacam no cenário regional e nacional, reafirma seu compromisso em incentivar a cultura e a arte por meio da educação musical.

Os interessados em conferir a lista de aprovados ou obter basta clicar AQUI ou procurar a secretaria da escola presencialmente durante o horário comercial.

Serviço:

  • Prazo de matrícula: Até 29 de dezembro.
  • Local: Secretaria da Escola de Música Almir Garcez Assaí Rua Oswaldo Cruz próximo ao Centro Cultural

Não deixe essa oportunidade única passar!

 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Sessão da Câmara de Bacabal celebra entrega de Título de Cidadã Bacabalense para Irmã Alexandra

 

Na tarde desta quarta-feira (11), a Câmara de Vereadores de Bacabal realizou mais uma Sessão Ordinária marcada por homenagens e debates significativos. A solenidade teve como destaque a entrega do título de Cidadã Bacabalense para a Irmã Alexandra, proposto pelo Vereador Venâncio do Peixe, em  reconhecimento por sua contribuição à comunidade local.

Abertura e Leitura Bíblica

O presidente da Casa, Melquiades Neto, deu início aos trabalhos pontualmente, destacando a importância da sessão e do título concedido à Irmã Alexandra. Em seguida, a homenageada foi convidada a realizar a tradicional leitura bíblica, momento que reforçou a conexão entre fé e serviço comunitário.

Leituras e Ordem do Dia

Na sequência, o Vereador Professor Gusmão fez a leitura da ata da sessão anterior, enquanto a Vereadora Natália Duda apresentou a ordem do dia, que incluiu debates sobre projetos de lei, requerimentos , além da entrega do título honorífico  entre eles a proposição do vereador  Serafim Reis que colocar o nome de Osmar Diniz na UBS do bairros Santos Dumont/ Vila São João. 

Discursos de Destaque

Os vereadores Dedé da Trizela e Fernando da Luziana enalteceram a relevância da homenagem à Irmã Alexandra e destacaram o impacto positivo de sua atuação no município. Ambos enfatizaram o papel da Câmara em reconhecer cidadãos que contribuem para o desenvolvimento social e espiritual de Bacabal.

“É uma honra entregar este título a alguém que tem dedicado sua vida a servir e a inspirar nossa comunidade”, afirmou Dedé da Trizela, ecoando o sentimento de gratidão presente entre os parlamentares.

Avaliação da Sessão

Ao final, o presidente Melquiades Neto avaliou a sessão de forma positiva, ressaltando o caráter colaborativo dos trabalhos e a importância de valorizar figuras como a Irmã Alexandra. “Hoje foi um dia especial para Bacabal, onde celebramos não apenas nossas pautas legislativas, mas também o compromisso de pessoas que fazem a diferença em nossa sociedade”, declarou.

Uma Sessão de Inspiração

A entrega do título à Irmã Alexandra reforçou o papel da Câmara de Bacabal como promotora de valores que unem a comunidade. Mais do que um ato simbólico, o reconhecimento representou um incentivo para que mais pessoas sigam o exemplo da homenageada, contribuindo para o bem-estar coletivo.

A próxima sessão está prevista para a próxima semana, com a expectativa de novos debates e iniciativas em benefício do município.







terça-feira, 26 de novembro de 2024

 

Na noite desta segunda-feira (25), um marco histórico para a literatura bacabalense foi realizado no Salão Nobre da Academia  Maranhense  de Letras em São Luis. Quatro jovens escritores naturais de Bacabal foram empossados ​​como membros da Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil.

A solenidade teve início com a apresentação dos jovens escritores, discursos emocionados e aplausos calorosos, destacando a importância do momento para os jovens escritores e para a cidade de Bacabal. Além dos novos membros da Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil, o evento reuniu representantes da classe artística, educacional e autoridades.

O presidente da Falma (Federação das Academias de Letras do Maranhão) César Brito afirmou que "Este é um momento ímpar para a cultura maranhense. A literatura é uma das formas mais poderosas de transformação e, ao apoiar esses jovens escritores, não estamos apenas reconhecendo seu talento, mas também investindo no futuro do Maranhão” , afirma Cesar.

A cerimônia também contou com a presença dos escritores Carlos ofélio e  Douglas Batista, membros da Academia Bacabalense de Letras, que atuaram como tutores de  escritores empossados. O professor Batista apresentou sua alegria e orgulho e disse que vai acompanhar de perto o desenvolvimento literário de sua tutelada.

Outro momento emocionante da noite foi quando a presidente da Academia Maramnese de Letras Infantojuvenil, Shalene Serra, emociou-se ao falar da importância da posse dos novos membros. "Hoje, não estamos apenas empossando novos membros da Academia. Estamos celebrando o futuro de nossa literatura”. Concliuiu.

O escritor José Casanova, principal articulador do projeto que levou os quatro bacabalenses à Academia Maranhense de Letras Infantojuvenil, também se destacou por sua dedicação e comprometimento. Casanova, que desde o início abraçou a causa da literatura jovem em Bacabal, contou com o apoio fundamental da Secretaria de Educação de Baccal.

A Emancipação Literária de Bacabal

A noite de segunda-feira não foi apenas uma celebração da literatura local, mas também um símbolo de como a cidade de Bacabal tem se consolidado como um importante centro cultural no Maranhão. Os quatro escritores empossados ​​são exemplos de como, mesmo em cidades do interior, é possível cultivar o hábito da leitura.

Os quatro escritores bacabalenses empossados, Victor Miguel ( Escola Maria Casimiro Soares) Wanessa Adrienny ( Escola Manuel Alves de Abreu), Lindsay Johanna ( Escola Balão Mágico) , Luma Nara (Escola Maria Casimiro Soares); prometeram seguirem firme em sua trajetória literária, com a intenção de usar a palavra como uma ferramenta de transformação social e educacional. Com o apoio das instituições locais, o trabalho coletivo dos envolvidos no projeto e o esforço dos jovens escritores, a noite de segunda-feira marcou o início de uma nova fase para a literatura bacabalense, que certamente continuará a brilhar.

 

domingo, 24 de novembro de 2024

UNEGRO Bacabal celebra o Mês da Consciência Negra com entrega de honrarias

 

Na noite desta quinta-feira (21), o pátio da Escola de Música de Bacabal foi palco de uma emocionante cerimônia que marcou o Mês da Consciência Negra no município. Promovido pelo núcleo local da UNEGRO (União de Negras e Negros pela Igualdade), o evento destacou personalidades e ações que contribuem para a luta pela igualdade racial e pelos direitos humanos.

A solenidade teve como destaques a entrega do Prêmio Lúcia Correia de Direitos Humanos e da Comenda Negras e Negros de Destaque na Sociedade Bacabalense. Ambas as honrarias foram idealizadas pelo professor, jornalista e escritor José Casanova, uma figura de referência no ativismo social e cultural da região.

Entre os homenageados, a secretária de Educação de Bacabal, Rosilda Alves, recebeu o Prêmio Lúcia Correia de Direitos Humanos, em reconhecimento à sua dedicação e esforços em prol da educação inclusiva e das pautas que valorizam a diversidade racial. A cerimônia foi conduzida com maestria por Rita de Cássia e José Casanova, respectivamente coordenadora e coordenador adjunto da UNEGRO em Bacabal, que destacaram a importância de celebrar as conquistas da comunidade negra enquanto reforçam a luta contra o racismo.

O evento reuniu autoridades, artistas e ativistas do movimento negro, refletindo a pluralidade de vozes engajadas na defesa dos direitos humanos e na promoção da igualdade racial. Discursos inspiradores e apresentações culturais deram o tom da noite, reafirmando o papel da cultura e da arte como ferramentas de transformação social.

Para além da entrega das comendas, o evento foi um momento de reafirmação dos valores e da memória de personalidades negras que marcaram a história local e nacional. A UNEGRO destacou que iniciativas como esta são fundamentais para fortalecer a resistência e promover o protagonismo negro em todas as esferas da sociedade.

A celebração também reforçou o compromisso do município de Bacabal em manter viva a discussão sobre o legado africano e a luta por justiça social. Em um mês marcado por reflexões sobre a Consciência Negra, a cerimônia foi um exemplo claro de que o reconhecimento e a valorização são passos essenciais para uma sociedade mais igualitária.

O encerramento do evento foi marcado por aplausos calorosos e um sentimento de união, reafirmando o compromisso coletivo com a construção de uma Bacabal mais justa e inclusiva.



















Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado com evento em Bacabal

O Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi marcado em Bacabal por um evento repleto de reflexões, cultura e união. Organizado em parceria por diversas entidades locais, como o GNPR (Grupo Negro Palmares Renascendo), UNEGRO (União de Negras e Negros pela Igualdade), Ponto de Cultura Oxalá Meu Pai, Equipe Resenha Roots e Associação Só Areia, a programação destacou a importância de uma sociedade antirracista.

Com o tema Sociedade Antirracista, a roda de conversa foi o ponto alto do evento, reunindo lideranças locais, ativistas e representantes das organizações parceiras. Durante os debates, foram abordados os desafios e avanços na luta contra o racismo, além da importância do Dia Nacional da Consciência Negra como o primeiro feriado nacional dedicado à valorização da cultura afro-brasileira e à memória de Zumbi dos Palmares.

Cultura em evidência

A celebração foi enriquecida por apresentações culturais que exaltaram as raízes afro-brasileiras. Exposições de turbantes, roupas e acessórios típicos encantaram o público, demonstrando a riqueza estética e simbólica da cultura negra. Apresentações artísticas, como música, dança e declamações, também deram o tom à celebração, ressaltando a potência da expressão cultural como forma de resistência.


Falas que inspiram

Lideranças presentes reforçaram o significado histórico e político da data. “O Dia da Consciência Negra é um marco para a reflexão sobre a contribuição do povo negro à formação do Brasil e para a denúncia das desigualdades ainda existentes”, destacou um dos palestrantes. Outro ponto enfatizado foi a importância do engajamento da juventude na luta por uma sociedade mais igualitária.

Um dia para se refletir e agir

O evento em Bacabal demonstrou que a luta contra o racismo vai além de discursos: ela se fortalece na ação comunitária e na valorização da identidade afro-brasileira. As atividades celebraram conquistas, mas também reforçaram a necessidade de avançar no combate à discriminação e na promoção da igualdade racial.

O Dia Nacional da Consciência Negra é uma oportunidade não apenas de celebração, mas de reafirmar compromissos com uma sociedade mais justa e antirracista. Bacabal deu um importante passo nesse sentido, reunindo cultura, diálogo e união em um evento que ficará marcado na memória da cidade.



quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Secretaria de Cultura de Bacabal convoca contemplados pela lei Aldir Blanc para entrega de documentos

A Secretaria de Cultura de Bacabal está convocando todos os contemplados pelos Editais da Lei Aldir Blanc para comparecerem à sede do órgão, a fim de realizar a entrega da documentação obrigatória para o recebimento dos recursos. O prazo final para a entrega dos documentos é 20 de novembro de 2024, conforme alerta do Secretário de Cultura, Maestro Victor Emanuel.

O procedimento é parte do processo de liberação dos recursos destinados a artistas, grupos culturais e iniciativas da cidade, conforme os editais da Lei Aldir Blanc. O Maestro Victor Emanuel enfatizou a importância do cumprimento do prazo, destacando que a documentação incompleta ou entregue fora do prazo pode comprometer o recebimento dos valores.

Documentação necessária para pessoa física:
RG e CPF;
Certidões Negativas de Débitos Federal, Estadual e Municipal;
Certidão Trabalhista;
Extrato bancário recente e chave PIX para a realização da transferência.

Já para pessoas jurídicas, além dos documentos exigidos para pessoa física, é necessário apresentar:
Ata de Eleição da atual diretoria;
Estatuto Social;
CNPJ.

A Secretaria de Cultura informa que, após o prazo final, caso ainda haja vagas, os suplentes poderão ser convocados para a entrega da documentação, caso sejam chamados.

Os contemplados devem se atentar para a necessidade de apresentar todos os documentos conforme solicitado, para que não haja atraso no processo de repasse dos recursos. A entrega deve ser feita na Secretaria de Cultura de Bacabal, durante o horário comercial.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato diretamente com a Secretaria de Cultura pelo telefone ou e-mail disponíveis no site oficial do município.

Data de entrega dos documentos:
 20 de novembro de 2024.

A Secretaria de Cultura de Bacabal reforça o compromisso com a transparência e o cumprimento dos prazos estabelecidos pela Lei Aldir Blanc, que visa fomentar a cultura e auxiliar os artistas e produtores culturais neste momento de recuperação econômica.


domingo, 27 de outubro de 2024

Bacabal Celebra Identidade e Resistência com Jogos Quilombolas

No último sábado (26), Bacabal sediou um dos eventos mais significativos para as comunidades afro-brasileiras da região: os Jogos Quilombolas Bacabalense. Realizado no estádio comunitário Berredão, no bairro São José Operário, o evento reuniu times quilombolas, como Seco das Mulatas e Catucá, num torneio que transcende a prática esportiva e se torna uma celebração de identidade e resistência.

A organização dos Jogos foi coordenada por uma comissão formada por representantes do movimento negro, como o Grupo Negro Palmares Renascendo (GNPR) e a União de Negras e Negros pela Igualdade (UNEGRO) - núcleo Bacabal  e outras instituições. A realização do evento contou também com o importante apoio da Secretária Municipal de Educação, Rosilda Alves, e da Secretaria de Esportes do município, que colaboraram para estruturar e promover o campeonato.

Manuel Filho, representante do GNPR, destacou a relevância dos Jogos como um espaço para discutir o papel do negro no futebol e no mundo. Segundo ele, além de promover a união e fortalecer as tradições afro-brasileiras, o evento traz à tona questões urgentes, como as atitudes racistas que ainda persistem no meio esportivo, especialmente entre torcidas organizadas. “Esses jogos são uma oportunidade para refletirmos sobre a forma como o negro é visto e tratado dentro e fora do futebol, reforçando a importância da luta contra o racismo em todos os espaços,” afirmou Manuel Filho.

A série de jogos, que seguirá com partidas programadas para a zona rural, visa envolver mais comunidades quilombolas e prepará um time para participar da etapa estadual da Copa quilombola, prevista a ser realizada em Bacabal e da etapa nacional que acontecerá no Rio de Janeiro, reforçando a importância da luta pela igualdade e pelo reconhecimento histórico das comunidades afro-brasileiras de Bacabal atraves do esporte.



quinta-feira, 10 de outubro de 2024

CRÔNICA DO DIA: Trote Solidário

Os calouros da enfermagem chegaram à UEMA - Universidade Estadual do Maranhão  Campus Bacabal -com as expectativas e ansiedades típicas do primeiro dia. Sabiam que os trotes eram tradição, mas desta vez havia algo diferente no ar. Ao invés de estarem preocupados com tintas ou piadas desconfortáveis, seus olhares se voltavam para uma causa maior: a doação de sangue. O desafio seria outro, não mais uma prova de resistência ao ridículo, mas de empatia e coragem.

Naquela manhã, o Hemonúcleo da cidade estava mais movimentado que o habitual. O frio nos corredores de azulejo era substituído por um calor de solidariedade que unia todos: alunos, professores e funcionários. Para muitos dos calouros, era a primeira vez que viam de perto a seriedade de um banco de sangue. Sentiam o peso da responsabilidade, mas também uma estranha excitação. Eles estavam ali para fazer a diferença, e isso os enchia de orgulho.

Ao se sentarem nas poltronas de doação, a ansiedade voltava. O barulho do equipamento, a pressão do garrote no braço, tudo parecia ampliar a importância daquele gesto. Mas, ao ver o sangue escorrendo lentamente para os tubos, algo mudou. Uma sensação de pertencimento crescia, como se aquele gesto simples, porém vital, fosse um rito de passagem que realmente importava. O medo dava lugar a um sentimento de propósito.

As prprofessoras ao lado, observavam com olhares de admiração. A ação não era apenas uma lição prática de cidadania, mas também um sinal de que o curso que escolheram tinha, desde o início, uma conexão com a vida real, com a saúde pública, com o cuidado ao outro.

Ao fim da doação, um sorriso tímido surgia no rosto dos estudantes. A leveza de saber que aquele sangue poderia salvar vidas transformava a experiência em algo profundo. O trote, longe de ser humilhante, se tornara um símbolo de compromisso com o próximo.


segunda-feira, 30 de setembro de 2024

CRÔNICA: Os impactos da inteligência artificial na educação

Na sala de aula da Escola  João Mohana  em Bacabal, o chiado das cadeiras, o barulho das folhas virando e o arranhar das canetas se tornaram sons cada vez mais raros. O que antes era preenchido por conversas entre alunos e as explicações do professor, hoje está sendo suavemente substituído por uma interface brilhante. Se antes a aprendizagem era uma troca visceral, quase humana, agora a educação encontra-se mediada por algoritmos complexos e sistemas de inteligência artificial (IA) que prometem transformar o processo de ensinar e aprender.

Agora a Escola era destaque nos eventos de robótica internacionais,  a mostra bacabalense de foguetes prometia novos cientistas para o País. 

_Você já viu a nova ferramenta da escola? - perguntou Mariana, aluna do terceiro ano, enquanto mostrava a tela do celular para sua colega. No dispositivo, uma IA conversava com ela de forma quase natural, respondendo às dúvidas de física com uma precisão que nem o próprio professor conseguiria. A professora Teresa, que dava aula há quase 20 anos, assistia a tudo com uma mistura de fascínio e inquietação.

No início, a ideia parecia promissora.

 _A IA vai personalizar o aprendizado, cada aluno terá um plano de estudo único - Disseram os especialistas. 

_Os professores terão mais tempo para se concentrar nas necessidades individuais dos alunos, enquanto a máquina faz o trabalho pesado. - Mas será que é assim tão simples? Será que a tecnologia pode substituir a experiência de uma aula vibrante, com discussões profundas sobre o mundo, onde os erros são aprendizados e os acertos, conquistas compartilhadas?

O impacto da IA na educação é como uma faca de dois gumes. De um lado, ela promete resolver o problema da falta de personalização do ensino, ajudando alunos com diferentes ritmos de aprendizado a se desenvolverem no seu próprio tempo. O sistema pode adaptar o conteúdo, sugerir exercícios, corrigir provas em minutos e fornecer feedback instantâneo. Isso, claro, pode ser uma mão na roda para quem está preso a currículos rígidos e sobrecarregados de tarefas. Mas, de outro, há uma pergunta que paira no ar: e o calor humano, o afeto que transforma o aprendizado em algo mais do que uma mera transferência de conhecimento?

Na sala de aula, a interação social entre os alunos também mudou. Aqueles que antes se reuniam em grupos para discutir os exercícios, agora se veem cada vez mais isolados, conectados a máquinas em vez de uns aos outros. O debate, o diálogo, o improviso — tudo isso foi se diluindo diante de uma tecnologia que, embora impressionante, ainda não entende de nuances humanas. A IA pode responder a perguntas sobre equações, mas não é capaz de perceber a ansiedade de um aluno que teme o futuro.

Enquanto a professora Teresa caminava pela sala, observava os alunos, imersos em suas telas. Não podia negar o impacto da tecnologia no aprendizado. Alguns estavam mais concentrados, outros pareciam perdidos em um mar de informações, tentando acompanhar o ritmo da máquina. E ela se questionava: o que aconteceria com as futuras gerações? Estariam mais preparados para o mundo digital ou, na verdade, mais distantes uns dos outros?

Na sua cabeça, surgia uma dúvida inevitável: no esforço por ensinar de forma mais eficiente, estaríamos realmente preparando os alunos para o mundo real? Será que a empatia, o pensamento crítico e a criatividade, habilidades humanas por excelência, não estariam sendo deixadas para trás, substituídas por números e códigos que não entendem as complexidades da vida?

Enquanto os alunos se dispersavam para o intervalo, Mariana, por curiosidade, perguntou à IA: 

_O que é mais importante para aprender? O conhecimento ou a experiência?

A resposta veio instantaneamente: "Ambos são importantes. O conhecimento amplia as possibilidades, enquanto a experiência ensina a aplicá-lo."

Mariana sorriu, mas, ao olhar para a professora, não pôde evitar o pensamento de que, por mais que a tecnologia avance, a verdadeira resposta talvez não esteja nas máquinas. Está nas histórias, nas conversas e, principalmente, nas mãos de quem, com paciência e dedicação, ensina os alunos a serem mais do que recipientes de informações — a serem seres humanos completos.

A educação, afinal, não pode ser reduzida a números e algoritmos. Ela deve ser, acima de tudo, uma experiência de transformação, de crescimento pessoal e coletivo. A IA pode ser uma ferramenta, mas o que realmente forma o aluno é o contato humano, as ideias compartilhadas e as emoções vividas em cada etapa dessa jornada.

Cara leitor(a), devo confessar um pecado intelectual. Busquei ajuda de uma inteligência artificial para escrever esta crônica; mas não deu certo,  faltou sentimento e minha impressão digital literária,  tive que reescreve-la com minhas palavras e Interpretação da realidade. 

E assim, no balanço entre máquina e ser humano, a professora Teresa continuava a ensinar, com a certeza de que, por mais avançada que fosse a inteligência artificial, o verdadeiro aprendizado ainda dependia, e sempre dependeria, da sabedoria de quem ainda acreditava no poder do toque, da voz e da presença.

JOSÉ  CASANOVA 

Membro da Academia Bacabalense de Letras e Academia Mundial de Letras da Humanidade