Numa movimentada tarde de Sexta-feira, os olhares curiosos dos transeuntes na BR 316 eram atraídos para a cena que se desenrolava em frente à delegacia regional na Terra da Bacaba. Um homem de meia-idade, cabelos desalinhados e semblante exasperado, era conduzido pelos policiais, acusado de violência doméstica e embriaguez ao volante. Seu nome era Edvaldo, e o calor escaldante da tarde parecia intensificar ainda mais a sua irritação. Estava a sentir o peso que tem as mãos delicadas de Maria da Penha.
Enquanto os repórteres em seu Plantão Veneno se aglomeravam em torno da viatura policial, feito urubus em cima da carniça, ávidos por captar qualquer palavra que escapasse dos lábios de Edvaldo, este não perdeu a oportunidade de expressar sua insatisfação com a situação.
- Fala de boa com Romarinho cidadão. – Insistiu um Repórter.
- Isso é um absurdo! – Exclamou Edvaldo.
_ O que aconteceu? – Indagou Ray, repórter que exibia uma exuberante barriga com ares de advogado.
- Eu não mereço ser transportado como um criminoso por causa de uma briga de casal e uns goles a mais! – Gritava Edvaldo muito revoltado.
_ Calma meu bixim! – Pediu Samuel David com sua cara de anjo barroco.
- E olha só essa viatura meu Bixim , nem ar-condicionado tem! Estou suando como se estivesse num sauna! – Reclamava Edvaldo com um misto de indignação e desconforto.
Desconfortável mesmo estava o relacionamento de Edvaldo com sua mulher Sandra, o amor perdera o encanto devido a postura pouco ética de Edvaldo que achava-se no direito de traí-la sem a mínima compostura, fazia questão que a companheira soubesse de suas aventuras fora do casamento. Cansada de ouvir calada, Sandra tomou a atitude de denunciar o marido violento à Patrulha Maria da Penha. Talvez isso tenha salvo sua vida.
Os policiais, acostumados com as diferentes reações dos detidos, mantinham a calma diante das irônicas lamúrias de Edvaldo. Um deles, o sargento Silva, tentava acalmar os ânimos do homem exaltado.
- Compreendemos sua frustração, senhor Edvaldo, mas é importante que coopere conosco.– Disse Sargento Silva bem sério.
- Mas Sargento, eu sou um homem trabalhador.- Apela Edvaldo- Isso não lhe dá o direito de bater em mulher. Além do mais , mossa prioridade é garantir a segurança de todos os envolvidos, inclusive a sua. – afirmou Sargento Silva quase de irritando com o conduzido!
- Mas o ar da viatura não presta, tanto imposto que a gente paga e quando vai preso é desse jeito. -– Insistiu Edvaldo em sua irônica reclamação.
- Quanto ao ar-condicionado, infelizmente temos que nos contentar com o que temos. - Explicava o sargento, em tom conciliador, mas no fundo queria mesmo dá uma boa Cream Craker naquele elemento neutro da multiplicação.
Enquanto o tumulto se desenrolava, um pequeno grupo de curiosos comentava a situação, misturando-se em meio aos flashes das câmeras e aos microfones estendidos em direção a Edvaldo.um dos repórter fazia uma Live que era acompanhada por dezenas de pessoas que comentavam com “kkkkkkkkkkk”
#Coitado desse homem, deve estar mesmo sofrendo com esse calor todo dentro da viatura.
# Manda ele pro Rio Grande do Sul.
#Mas não pode reclamar, né? Se meteu em confusão, agora tem que aguentar as consequências -Opinava uma senhora de meia-idade, com ar de superioridade.
Enquanto isso, Edvaldo continuava a desabafar para quem quisesse ouvir, protestando veementemente contra a falta de conforto na viatura policial. Seus argumentos, embora permeados por um misto de revolta e ironia, não deixavam de ressaltar o lado humano por trás daquela situação inusitada.
Enquanto os repórteres em seu Plantão Veneno se aglomeravam em torno da viatura policial, feito urubus em cima da carniça, ávidos por captar qualquer palavra que escapasse dos lábios de Edvaldo, este não perdeu a oportunidade de expressar sua insatisfação com a situação.
- Fala de boa com Romarinho cidadão. – Insistiu um Repórter.
- Isso é um absurdo! – Exclamou Edvaldo.
_ O que aconteceu? – Indagou Ray, repórter que exibia uma exuberante barriga com ares de advogado.
- Eu não mereço ser transportado como um criminoso por causa de uma briga de casal e uns goles a mais! – Gritava Edvaldo muito revoltado.
_ Calma meu bixim! – Pediu Samuel David com sua cara de anjo barroco.
- E olha só essa viatura meu Bixim , nem ar-condicionado tem! Estou suando como se estivesse num sauna! – Reclamava Edvaldo com um misto de indignação e desconforto.
Desconfortável mesmo estava o relacionamento de Edvaldo com sua mulher Sandra, o amor perdera o encanto devido a postura pouco ética de Edvaldo que achava-se no direito de traí-la sem a mínima compostura, fazia questão que a companheira soubesse de suas aventuras fora do casamento. Cansada de ouvir calada, Sandra tomou a atitude de denunciar o marido violento à Patrulha Maria da Penha. Talvez isso tenha salvo sua vida.
Os policiais, acostumados com as diferentes reações dos detidos, mantinham a calma diante das irônicas lamúrias de Edvaldo. Um deles, o sargento Silva, tentava acalmar os ânimos do homem exaltado.
- Compreendemos sua frustração, senhor Edvaldo, mas é importante que coopere conosco.– Disse Sargento Silva bem sério.
- Mas Sargento, eu sou um homem trabalhador.- Apela Edvaldo- Isso não lhe dá o direito de bater em mulher. Além do mais , mossa prioridade é garantir a segurança de todos os envolvidos, inclusive a sua. – afirmou Sargento Silva quase de irritando com o conduzido!
- Mas o ar da viatura não presta, tanto imposto que a gente paga e quando vai preso é desse jeito. -– Insistiu Edvaldo em sua irônica reclamação.
- Quanto ao ar-condicionado, infelizmente temos que nos contentar com o que temos. - Explicava o sargento, em tom conciliador, mas no fundo queria mesmo dá uma boa Cream Craker naquele elemento neutro da multiplicação.
Enquanto o tumulto se desenrolava, um pequeno grupo de curiosos comentava a situação, misturando-se em meio aos flashes das câmeras e aos microfones estendidos em direção a Edvaldo.um dos repórter fazia uma Live que era acompanhada por dezenas de pessoas que comentavam com “kkkkkkkkkkk”
#Coitado desse homem, deve estar mesmo sofrendo com esse calor todo dentro da viatura.
# Manda ele pro Rio Grande do Sul.
#Mas não pode reclamar, né? Se meteu em confusão, agora tem que aguentar as consequências -Opinava uma senhora de meia-idade, com ar de superioridade.
Enquanto isso, Edvaldo continuava a desabafar para quem quisesse ouvir, protestando veementemente contra a falta de conforto na viatura policial. Seus argumentos, embora permeados por um misto de revolta e ironia, não deixavam de ressaltar o lado humano por trás daquela situação inusitada.
_ Meus amigos isso é um absurdo, um camburão sem ar-condicionado, os Policia nem pode prender a gente direito, eles merecem melhor condições de trabalho e aumento salarial acima da inflação. – Desabafou Edvaldo para as câmaras dos repórteres de plantão.
E assim, entre reclamações sobre o calor sufocante e críticas à ausência de ar-condicionado na viatura policial, a B.O de Eduardo parecia se desenrolar em uma trama improvável, onde os elementos do cotidiano se mesclavam de forma singular, revelando a complexidade das emoções e das circunstâncias que moldam as experiências humanas.
E assim, entre reclamações sobre o calor sufocante e críticas à ausência de ar-condicionado na viatura policial, a B.O de Eduardo parecia se desenrolar em uma trama improvável, onde os elementos do cotidiano se mesclavam de forma singular, revelando a complexidade das emoções e das circunstâncias que moldam as experiências humanas.
Por José Casanova
professor, Jornalista e escritor membro das
Academia Bacabalense de Letras e
Academia Mundial de Letras da Humanidade