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segunda-feira, 30 de junho de 2025

CRÔNICA DO DIA: Nas Águas de Pedro


Todo 29 de junho, Bacabal se enfeita com fé. O dia amanhece com cheiro de rio, flor e promessa. É São Pedro quem chama, e ninguém ousa faltar.

Lá na Trizidela, ou na rua do Cajueiro, todos despertam com passos apressados, panelas batendo, roupa de missa sendo passada com ferro antigo e orações murmuradas entre os dentes. Dona Candinha, viúva de pescador, de véu branco e olhar firme, é a primeira a chegar na Igreja Mãe Rainha. Carrega nos braços o terço de contas grandes e no peito, a esperança de que São Pedro traga peixe e paz para o Mearim.

— Hoje ele vem bonito, viu? — diz a velha, ajeitando as flores do andor.

E vem mesmo. Entre as mãos devotas das mulheres dos pescadores, o santo é levantado como se fosse de carne e osso. Florido, enfeitado, respeitado. À frente, Padre Lauro, com sua batina branca e vermelha,  suada de sol e fé, guia os passos do povo que canta. A Banda Santa Cecília, patrimônio de sons e memórias, entoa os louvores como se acordassem anjos escondidos nos telhados simples dos casebres e nos portões dourados das casas mais ricas da beira-rio.

Seu Zé Pequeno, pescador desde menino, caminha descalço atrás do andor. Diz que ali não precisa de sapato, porque o chão já é sagrado. Ele leva na mão uma rede enrolada, como quem leva também suas preces.

— Pedro entende da vida da gente, minha filha. Ele foi pescador igual eu. A diferença é que pescou alma. Eu só tento pegar peixe mesmo...

Quando chegam à beira do Mearim, o silêncio é de respeito. O santo agora vai pro barco. É o momento mais bonito. As flores se multiplicam, as fitas dançam com o vento, e o povo chora. São Pedro sobe na embarcação como quem entra no altar de um templo flutuante. As canoas, lanchas, rabetas — todas enfeitadas como em dia de casamento — seguem atrás em procissão aquática. A água balança devagar, como se o rio também rezasse.

Dona Candinha se benze três vezes:

— Quem tem fé não afunda.

E ninguém afunda mesmo. Porque ali navega um povo inteiro, movido a devoção e esperança. Crianças acenam das margens, velhos observam com olhos cheios de passado e saudade. A ponte metálica  enche de gente para ver a procissão.  Alguns pescadores soltam fogos, outros tocam buzinas, mas ninguém perde o rumo. É Pedro quem guia.

A procissão termina na praça do bairro, onde a Santa Missa é celebrada com toda solenidade que cabe no coração de uma cidade. As velas ainda ardem, os cânticos continuam, e São Pedro repousa entre flores e promessas renovadas.

Naquela noite, Dona Candinha dorme em paz. Seu Zé Pequeno também. E o Rio Mearim segue correndo manso, como se tivesse recebido a bênção de um santo que conhece cada dor do povo das águas.

Porque no fundo, a Procissão de São Pedro é mais que festa. É oração que anda. Que rema. Que navega com fé...

José Casanova 

Professor, Jornalista e Escritor membro da

Academia Bacabalense de Letras 

Academia Mundial de Letras da Humanidade 

Tutor da Academia Marahense de Letras Infantojuvenil 

domingo, 29 de junho de 2025

Fé e Tradição Marcam a Procissão de São Pedro na Comunidade da Trizidela

A tarde deste domingo (29) foi marcada por uma forte demonstração de fé, cultura e tradição na comunidade católica do bairro Trizidela, que celebrou com grande devoção a tradicional Procissão de São Pedro, padroeiro dos pescadores.

A caminhada teve início na Rua do Cajueiro, reunindo fiéis de todas as idades. A procissão percorreu um trecho da BR-316 e seguiu por diversas ruas da Trizidela, formando um verdadeiro cortejo de fé. O momento mais simbólico aconteceu quando a imagem de São Pedro foi colocada em um barco, dando início à fase fluvial da celebração, que encantou os presentes pela beleza e significado do gesto.

Diana, uma das organizadoras do evento, expressou a emoção de mais um ano contribuindo com a realização da festa. "É sempre uma alegria imensa ajudar a organizar a procissão de São Pedro. Ver a comunidade reunida, rezando e caminhando junta, é uma bênção", afirmou.

Entre os presentes, o prefeito Roberto Costa acompanhou o percurso ao lado da comunidade. “É importante valorizar a fé e as tradições do nosso povo. Eventos como esse fortalecem nossos laços e nossa identidade cultural”, destacou.

Também participando com entusiasmo, Seu Antônio, pescador há mais de 40 anos, compartilhou a importância da data. “Todo ano faço questão de vir. São Pedro sempre nos protege no rio e no nosso trabalho. Essa procissão é parte da minha vida”, disse com emoção.

A celebração culminou com a Santa Missa na Praça da comunidade, conduzida por PadrebLsuro ,com auxílio do diácono Antônio. A vereadora Natália Duda também esteve presente, acompanhando atentamente a cerimônia e celebrando junto com os fiéis.

A Procissão de São Pedro na Trizidela é mais do que um ato religioso: é uma manifestação viva da fé popular, da identidade cultural e da união entre os moradores. Um evento que reforça a devoção do povo e mantém viva uma tradição que atravessa gerações.













































Congregação da Vila Frei Solano é Oficialmente Reconhecida como Igreja Batista

Na noite deste sábado, 28 de junho, a fé, a gratidão e a emoção tomaram conta do Centro de Convivência Social, localizado na estrada da Bela Vista. A ocasião foi marcada pela transformação oficial da Congregação Batista da Vila Frei Solano em Igreja Batista, um marco histórico para a comunidade evangélica local e para todos que acompanharam o crescimento da congregação ao longo dos anos.

A celebração contou com a presença de fiéis, pastores e representantes de diversas igrejas da região. O culto especial foi repleto de louvores, orações e palavras de agradecimento, em um ambiente de profunda espiritualidade e comunhão.

Entre os momentos mais tocantes da noite, esteve o testemunho emocionado da irmã Vilma Martins, uma das precursoras da congregação. Ela relembrou os primeiros encontros em casas de irmãos, a caminhada de fé enfrentando desafios e a realização de ver a congregação se tornar igreja:

“É um sonho que se concretiza. Foram muitos anos orando, evangelizando e crendo que esse dia chegaria. Hoje, vemos os frutos de tudo isso. Deus é fiel”, declarou com lágrimas nos olhos.

O agora pastor da nova igreja, Jesaias, destacou a responsabilidade e a alegria de liderar essa nova fase:

“Mais do que um título, tornar-se igreja é um compromisso maior com a obra de Deus e com a comunidade. Vamos continuar evangelizando, acolhendo e sendo luz na Vila Frei Solano. É um novo tempo, e cremos que grandes coisas ainda virão.”

Já o pastor Francisco, líder da Igreja Batista mãe — que até então acompanhava e dava suporte à congregação —, ressaltou a importância do momento para o reino de Deus:

“Ver uma congregação se tornar igreja é uma das maiores alegrias que podemos experimentar no ministério. Significa maturidade, crescimento e mais um ponto de luz firme e estabelecido nesta cidade.”

O evento foi encerrado com um momento de consagração, bênçãos sobre os novos líderes e um louvor coletivo que emocionou a todos os presentes. O reconhecimento da nova Igreja Batista representa não apenas um marco organizacional, mas também espiritual, simbolizando o crescimento da fé e o fortalecimento da presença evangélica na região.

Que essa nova igreja seja casa de amor, esperança e salvação para muitos.