O planeta Terra chora e clama por socorro, sim! Seu lamento se esconde entre as florestas nativas tropicais queimadas e/ou derrubadas; nos oceanos e mares transformados em lixeiras humanas; nos leitos dos rios e igarapés assoreados, contaminados e poluídos; e no vazio dos cursos d’água naturais, com seus afluentes e subafluentes, que um dia foram as veias pulsantes da Terra. O vento, outrora mensageiro de boas-novas, agora carrega cinzas e fumaça das florestas que tombam e queimam sem testemunhas.
Somos filhos da terra, mas nos comportamos como verdadeiros invasores. Extraímos suas entranhas, desmatamos e queimamos suas vestes verdes, poluímos e contaminamos suas águas como se não fôssemos feitos delas. Ainda assim, há esperança, como pequenas sementes que teimam em brotar no solo castigado, poluído, contaminado e degradado.
Os guardiões da floresta ainda resistem: os povos e comunidades tradicionais sabem que a terra não é posse, mas mãe. Seus cantos ancestrais ecoam, lembrando-nos de que existe um modo diferente de estar no mundo. Eles nos ensinam que preservar não é apenas deixar de destruir, mas também cuidar, respeitar e aprender com os ciclos da vida.Ainda há tempo, mas o tempo não espera. Precisamos assumir nossa responsabilidade socioambiental: plantar e reflorestar em vez de arrancar e queimar, limpar em vez de poluir e contaminar, proteger em vez de saquear e destruir. Se queremos um futuro em que o ar ainda possa ser respirado, onde os rios ainda possam correr de maneira natural e as árvores ainda possam dançar ao vento, precisamos agir agora com ações sustentáveis e não com discursos.
O planeta Terra não nos pertence; somos nós que pertencemos a ele. E talvez, só talvez, se ouvirmos seu chamado, possamos ser dignos do lar que nos foi dado para vivermos em harmonia com o meio ambiente e a natureza.
-Reflita sobre isso: seja economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente correto. O nosso planeta Terra agradece e sorri!
José Carlos Aroucha.
Engº Florestal, Profº, Ambientalista, Escritor e Cronista








0 comments:
Postar um comentário