Andreia Sadi
G1
O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB-MA), afirmou nesta
quinta-feira (15) que a escolha de seu nome para o cargo não tem relação
com a ligação que mantém com a família do presidente do Senado, José
Sarney.
Vieira foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para a função
após Pedro Novais pedir demissão em razão de denúncia de uso de verbas
públicas para fins privados.
“Sou ligado à família Sarney há muito tempo, e a família nunca me
impôs absolutamente nada”, afirmou Vieira ao chegar em fórum do PMDB em
Brasília. Gastão Vieira, que é deputado federal, deve tomar posse como
ministro nesta sexta-feira (16), de acordo com a Presidência da
República.
Gastão Vieira comentou ainda declaração dada à rádio Estadão/ESPN
nesta manhã de que não era um ministro “genérico”. “Eu não sou aquilo
que serve para qualquer doença. Eu tenho imensa capacidade de ouvir
minha equipe técnica.”
Mais cedo, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que José Sarney e sua
filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, estão satisfeitos com a
escolha de Gastão Vieira (PMDB-MA), mas negou que a indicação tenha
partido deles.
“Se você me perguntar se o Sarney está feliz, está. A Roseana, mais
ainda, mas a escolha do Gastão partiu da bancada da Câmara”, disse o
senador ao chegar para o encontro do PMDB.
Segundo Eunício Oliveira, o vice-presidente Michel Temer levou à
presidente Dilma Rousseff os nomes da bancada nesta quarta, dos quais
quatro ficaram entre os últimos e a presidente optou por Gastão.
“Gastão é muito mais ligado à Roseana que a Sarney, mas quem escolheu
foi Dilma. Não foi uma escolha regional”, afirmou Eunício, ao ser
perguntado sobre a influência do Maranhão, base política da família
Sarney, na decisão de Dilma.
Troca de ministros
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou no evento que as recentes trocas de ministros no governo Dilma Rousseff fazem “parte da democracia”.
O presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), afirmou no evento que as recentes trocas de ministros no governo Dilma Rousseff fazem “parte da democracia”.
“Faz parte da democracia. [Em] qualquer democracia é natural a
alternância de poder, o rodízio de auxiliares e assessores. Quem não se
lembra do primeiro governo Lula? Espero que a gente viva para sempre a
democracia. E então essas trocas de ministros e auxiliares vão continuar
acontecendo”, disse Raupp.
Ele afirmou ainda que as três substituições de ministros do PMDB
feitas pela presidente Dilma Rousseff ocorreram a pedido dos próprios
ministros.
“[Nos casos dos ministros que saíram] não houve comprovação de
absolutamente nada. Todos eles pediram para sair. Wagner Rossi, que a
presidente não queria que saísse, pediu para sair, e agora Pedro Novais
também”, afirmou.
Desde o começo do governo Dilma Rousseff, três ministros do PMDB
deixaram seus cargos. Wagner Rossi, da Agricultura, Pedro Novais , do
Turismo e Nelson Jobim, da Defesa – os dois primeiros após denúncias de
irregularidades e Jobim após criticar colegas de ministério.
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