POR JULLY CAMILO, JP
O presidente do Sindicato
dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Maranhão
(Sinproesemma), Júlio Pinheiro, esclareceu, em entrevista concedida hoje
(21) ao Jornal Pequeno, como está o andamento das
negociações com o governo estadual sobre o reajuste salarial. De acordo
com o sindicato, a proposta apresentada pelo governo na terça-feira (20)
– 20%, sendo 10% aplicados a partir de outubro – ainda não foi aprovada
nem apresentada aos professores e demais trabalhadores da Educação. O
Sinproesemma informou que só convocará as assembléias locais e regionais
para tratar sobre o assunto depois que a pauta de negociações for
totalmente fechada, com valores e prazos publicados oficialmente pela
governadora Roseana Sarney (PMDB).
Para Júlio Pinheiro, o governo
estadual tem pressa em negociar com a categoria porque uma decisão
proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) determinou um prazo 30
dias para que piso salarial da classe fosse colocado em prática. O prazo
termina no próximo sábado (24).
Foto: G. Ferreira
Júlio Pinheiro e Júlio Guterres, do Sinproesemma: estado de greve
“Estamos em estado de greve. Uma das condições para acabarmos com a
recente paralisação, que durou 78 dias, foi justamente a aplicação do
piso salarial e o encaminhamento do nosso Estatuto para a Assembleia
Legislativa no prazo de até 60 dias. Cobraremos o cumprimento do
acordo”, disse o presidente do Sinproesemma.
Segundo o diretor de
Comunicação do sindicato, Júlio Guterres, a categoria possui 25 níveis
distintos, mas a proposta do governo aplica o mesmo salário a todas as
referências.
No entender de Guterres, a governadora Roseana Sarney, em 2002, “achatou o salário da categoria e está fazendo o mesmo agora”.
“A proposta é que os profissionais encaixados do 1° ao 6° piso passem a
ganhar R$ 1.187,08; do 7° ao 13°, 1.234,56; e ao restante, que alcança
até a 25ª referência, seria aplicado o percentual de 10% a partir de
outubro. Em suma, seria 20% para todos, sendo 10% agora e os outros 10%
sem data definida pelo governo. Isso nós não vamos aceitar. Queremos que
o governo e a Secretaria de Educação se posicionem com prazos
definitivos e reais”, declarou Júlio Guterres.
Os sindicalistas
fizeram questão de esclarecer que a categoria não “torce” pela greve,
uma vez que isso acumula prejuízos não só para os estudantes, mas para a
sociedade e os professores.
Porém, eles afirmaram que o
Sinproesemma não descarta a possibilidade da retomada do movimento
grevista, caso os prazos e os acordos não sejam cumpridos pelo governo
do estado
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