terça-feira, 27 de setembro de 2011

Telefonia no Brasil é cara por causa dos impostos estaduais

Telefonia no Brasil é cara por causa dos impostos estaduais

Segundo agência da ONU, País pode ficar atrasado em relação aos demais se os governos locais não derem incentivos ao setor


Os altos preços cobrados pelos serviços de telecomunicações no Brasil se devem principalmente aos altos impostos estaduais, avaliou há pouco o secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré. A UIT é uma das agências especializadas da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o executivo, apesar de o governo federal estar fazendo a sua parte no sentido de baixar os tributos e as empresas estarem investindo em capacidade, o País poderá ficar atrasado em relação aos demais se os governos locais não derem incentivos ao setor.
“O Brasil tem um dos maiores impostos do mundo, e isso deixa uma imagem ruim no exterior”, disse Touré. “Não é uma questão apenas de colocar os governos estaduais como a parte má da equação. É preciso explicar que se os impostos forem cortados pela metade, o número de usuários dobrará em um prazo curto, mantendo a arrecadação”, acrescentou.
Para o secretário-geral da UIT, o recrudescimento da crise financeira internacional não deve ter grandes impactos para o setor de telecomunicações. Segundo ele, apenas uma grande empresa do segmento chegou falir entre 2008 e 2009, mas sem ligação direta com a turbulência global. “O setor financeiro entrou em crise por falta de regulação, mas o nosso setor é bem regulado”, afirmou Touré durante palestra na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Além disso, completou, a crise obrigou governos e empresas a serem mais eficientes, demandando mais tecnologia da informação em seus processos. “Na verdade, verificamos um aumento da demanda, tanto que setor criou novos empregos durante a crise”, concluiu, destacando que os grandes eventos que o Brasil irá sediar nos próximos anos – como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos – praticamente garantem os investimentos necessários no setor.
FONTE: Agência Brasil

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