domingo, 14 de agosto de 2016

Entidades denunciam interferência de Temer na EBC e pedem à imprensa cobertura dos “jogos políticos” durante as Olimpíadas


Campanha FIJ interna
Em documentos encaminhados à UNESCO e à Associação Internacional dos Jornalistas Esportivosno dia 4 de agosto, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ), a Federação dos Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC)e a FENAJ denunciaram a ingerência do governo interino de Michel Temer na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e seu objetivo de desmantelá-la após os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. As entidades convocaram a imprensa internacional a, além da cobertura das Olimpíadas, também informar sobre os “jogos políticos” que ocorrem no Brasil.

No documento encaminhado à diretoria geral da UNESCO, Irina Bokova, as entidades registraram a crescente crise que o Jornalismo e a liberdade de imprensaenfrentam no Brasil neste período de governo interino de Temer, que se expressa nos ataques à EBC. Destacaram a demissão ilegal do presidente da EBC, Ricardo Melo – suspensa por medida liminar do STF – e de dezenas de profissionais considerados críticos ao governo interino.

Também foram citadas alterações na programação das emissoras da EBC e a intenção do governo interino de desmantelaro Conselho de Administração da EBC, que garante a independência da empresa pública em relação a interesses privados e políticos.

As entidades registraram que relatores da ONU e da OEA sobre liberdade de expressão já descreveram essas interferências do governo interino como “passos negativos” e solicitaram que a UNESCO recorde às autoridades brasileiras “o papel central que uma imprensa livre desempenha na vida democrática”.

Juntamente com o documento, foi encaminhado à UNESCO o “Dossiê EBC”, que relata fatos ocorridos – demissões, cortes de programas, interferências editoriais – de 16 de maio a 31 de julho envolvendo a EBC e o governo interino de Michel Temer. Um dos relatos contidos no dossiê diz: “Dia 23 de maio – São cancelados os contratos dos apresentadores/comentaristas como Tereza Cruvinel e Paulo Moreira Leite, considerados contrários ao processo de impeachment da PresidentaDilma Rousseff.
fonte:FENAJ

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