segunda-feira, 22 de agosto de 2016

ARTIGO DE FLÁVIO DINO: Fazendo justiça social


Governador Flávio Dino

Sou dos que acreditam que o exercício da boa política tem uma prioridade máxima: a construção de uma sociedade melhor. Para que a alcancemos, devemos enfrentar especialmente as absurdas desigualdades provocadas por décadas de desgoverno em nosso Maranhão. Por isso, criei, em meu primeiro dia de governo, o Plano Mais IDH, um conjunto de programas que está mudando a vida de quem mora nas 30 cidades mais pobres do nosso estado.

Com ações estratégicas de saúde, educação, abastecimento d’água, produção e renda, vamos diminuir desigualdades sociais nessas cidades que têm os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado e do país. As pessoas que foram submetidas a situações tão precárias por descaso do Estado, não podem esperar pelo efeito “automático” de soluções gerais. Por isso, nosso foco nelas por meio de ações emergenciais.

É o caso da Força Estadual de Saúde, composta por 120 profissionais de saúde. Sem atendimento digno há décadas, a população desses municípios não pode esperar e precisa de um atendimento emergencial, que alcance o mais importante quando se fala de saúde: a prevenção. O princípio é o mesmo usado para criação da Força Nacional de Segurança, que atua em situações críticas pontuais. Os profissionais de saúde da Força já realizaram mais de 115 mil atendimentos nos 30 municípios do Mais IDH.

Outro ponto importante a ser trabalhado é a educação. Para mudar essa situação, criamos o Programa Escola Digna, que está construindo escolas de alvenaria substituindo as inadequadas escolas de taipa, pois sem boas condições infraestruturais não é possível que os alunos possam aprender com qualidade.

Em paralelo, criamos a Jornada de Mobilização pela Alfabetização que concentra ações voltadas para a população a partir de 15 anos de idade. Estamos aplicando o Plano Brasil Alfabetizado, em 71 cidades, em parceria com o Governo Federal. E com o Programa “Sim, Eu Posso”, há 702 alfabetizadores atuando em 8 dos 30 municípios mais pobres, ensinando 14 mil pessoas a ler e escrever. Não posso descrever a emoção que senti em São Raimundo do Doca Bezerra, na semana passada, ao receber uma carta escrita por um grupo de idosos, pedindo a continuidade do programa de alfabetização, para que eles possam aprender mais.

Para garantir uma melhor alimentação, também estamos investindo cerca de R$ 22 milhões na construção de 30 cozinhas comunitárias que, quando prontas, terão capacidade de fornecer 15 mil refeições diárias, a partir de ingredientes produzidos por pequenos agricultores, o que ajudará a ativar a economia local. Já o Programa “Minha Casa, Meu Maranhão” visa a garantia de moradia digna à população. Estamos com obras em 15 municípios, mirando sobretudo a zona rural.

Por fim, menciono que 26 dessas 30 cidades nunca contaram com sistema de abastecimento de água tratada. Para superar esse drama, o Programa Água para Todos está investindo R$ 75 milhões nesses municípios. E poderia falar de muito mais ações, como os Sisteminhas da Agricultura Familiar, os curso de formação que estamos começando, entre outras iniciativas que têm a marca maior do nosso governo: lutar por direitos para todos, com coragem e dedicação.

Nesses momentos de crise que o Brasil e o mundo vivem, há governantes que defendem que é hora de o Estado poupar. Eu defendo que é justamente nesses momentos que é preciso investir para reduzir os impactos da crise, principalmente entre os que mais sofrem com ela, que são os cidadãos tradicionalmente invisíveis. A política pública mais eficiente é investir nas pessoas. Isso está fazendo a diferença nesse nosso imenso esforço patriótico para virar a página da injustiça no Maranhão, recuperando o tempo perdido.

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