Violeta Hemsy de Gainza
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Seja na função de docente, seja atuando como intelectual fundadora do Fórum Latino-Americano de Educação Musical (Fladem), Violeta Hemsy de Gainza é uma das mais importantes autoridades mundiais no ensino de música. Aos 81 anos, a pianista, educadora e psicóloga musical é autora de mais de 40 obras, que abordam Pedagogia da música, didática do piano e do violão, formação de conjuntos vocais infantis e juvenis, improvisação e musicoterapia.
Figura central na história da Educação musical dos séculos 20 e 21, ela diz que o ensino de música em países como o Brasil passa por uma crise e fala sobre os caminhos a serem percorridos para formar bons professores até 2012, quando o conteúdo passa a ser obrigatório na Educação Básica (mas ainda vinculado à disciplina de Arte). Para Violeta, é essencial que os educadores sejam bem formados para trabalhar em sincronia com a realidade social e cultural dos países latinos. "A escola tem de ir ao encontro das necessidades musicais dos alunos." Durante visita à Universidade de São Paulo (USP), no ano passado, ela concedeu esta entrevista à NOVA ESCOLA.
Na sua opinião, a Educação musical na América Latina está em crise. Que crise é essa?
VIOLETA HEMSY DE GAINZA É parte de uma situação que dominou o mundo globalizado, consequência direta do modelo político e educativo adotado nestes tempos. A Educação musical perdeu créditos, se tornou uma utopia. Em alguns países, foi suprimida em vez de ser melhorada. Não é organizada de uma maneira integrada, está ilhada e sofre com a falta de estabilidade. Gostaria que não fosse mais preciso ficar discutindo se a música é algo relevante ou não. Ela sempre é muito importante para os alunos, desde que bem ensinada.
A Educação musical é uma ferramenta de inclusão social e cultural?
VIOLETA Sim, e existem muitos movimentos nesse sentido, especialmente os encabeçados por instituições culturais e de Educação não formal. Há muito potencial a ser explorado e a inclusão social deveria estar dentro disso, não como uma moda. Para que a inclusão seja democrática, a música deveria ser bem ensinada em todas as escolas e em todos os segmentos, até a universidade.
Figura central na história da Educação musical dos séculos 20 e 21, ela diz que o ensino de música em países como o Brasil passa por uma crise e fala sobre os caminhos a serem percorridos para formar bons professores até 2012, quando o conteúdo passa a ser obrigatório na Educação Básica (mas ainda vinculado à disciplina de Arte). Para Violeta, é essencial que os educadores sejam bem formados para trabalhar em sincronia com a realidade social e cultural dos países latinos. "A escola tem de ir ao encontro das necessidades musicais dos alunos." Durante visita à Universidade de São Paulo (USP), no ano passado, ela concedeu esta entrevista à NOVA ESCOLA.
Na sua opinião, a Educação musical na América Latina está em crise. Que crise é essa?
VIOLETA HEMSY DE GAINZA É parte de uma situação que dominou o mundo globalizado, consequência direta do modelo político e educativo adotado nestes tempos. A Educação musical perdeu créditos, se tornou uma utopia. Em alguns países, foi suprimida em vez de ser melhorada. Não é organizada de uma maneira integrada, está ilhada e sofre com a falta de estabilidade. Gostaria que não fosse mais preciso ficar discutindo se a música é algo relevante ou não. Ela sempre é muito importante para os alunos, desde que bem ensinada.
A Educação musical é uma ferramenta de inclusão social e cultural?
VIOLETA Sim, e existem muitos movimentos nesse sentido, especialmente os encabeçados por instituições culturais e de Educação não formal. Há muito potencial a ser explorado e a inclusão social deveria estar dentro disso, não como uma moda. Para que a inclusão seja democrática, a música deveria ser bem ensinada em todas as escolas e em todos os segmentos, até a universidade.
Continue lendo a entrevista
- "Não basta ser músico para ensinar música. É preciso entender de Educação"
- Como aproximar a cultura latino-americana da música na escola?
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