segunda-feira, 16 de maio de 2011

ESPETACULO BACABALENSE PREMIADO PELO MINC FAZ MAIS UMA APRESENTAÇÃO PARA PESSOAS ESPECIAIS

Da Redação do Diário   do Mearim
Sob a direção de Zezinho Casanova a Cia, Curupira de Artes Cênicass, apesar de ser ignorada e perseguida por gestores de Bacabal continua cumprindo sua agenta do projeto Acessibilidade Cênica de circulaçao do espetáculo "Viver é Adaptar-se" que promove a inclusão cultural de pessoas com deficiencia e mobilidade reduzida através do teatro. Neste domingo(15) a trupe apresentou-se durante a Assembléia de vinte anos da ASDEBAL - Associação dos Deficientes de Bacabal - entidade fundada por Lúcia Correia, atriz e escritora do espetáculo que atualemente luta com um  cançe de diagnosticado como  maligno no seio.
Costa Filho:Nego Chico, Lúcia Correia: Lúcia, Rosana Alves: Catirina
A perfornance do grupo agradou à exigente pláteia composta por pessoas com deficiencia e mobilidade reduzida, seus familiares  e seus curdadores, além de profissionais da saúde que marcaram prença na assembléia da ASDEBAL, o elenco conta ainda com a versátil atriz Laiza hilty, o sensato ator José Wilkquer,
o fugaz Clemilson  Cruz, o enigmático ator Rogê Francê,  e o indagante ator  Pablo Evagelsita. O elenco conta também com a tirz mirim Hillary Francê.
Perfil do publico presente
Pablo: Paty e Casanova: Esequias
Os atores preparam-se para iniciar uma turner por algumas cidades da amazônia legal. mas continuará suas apresentações  em escolas e universidade que interessaram bastante pela temática do espetáculo: Inclusão das pessoas com deficiencia e mobilidade reduzida.Segue abaixo fotos das apresentações no Conasa e  disponibilizamos parte da matéria publicada pela Revista Sentidos sobre a produção teatral bacabalense.
Costa Filho: Nego Chico e Casanova: Esequias
Pablo: Paty e Casanova: esequias

REVISTA DE CIRCULAÇÃO NACIONAL RECONHECE E VALORIZA ARTISTAS BACABALENSES

As dificuldades e o cotidiano de pessoas com deficiência são representados no palco


Por Renato Fernandes




O teatro surgiu entre 550 e 220 a.C., especialmente em Atenas, depois se espalhou por toda a área de influência grega. Com o crescimento do Império Romano, a arte cênica foi levada para terras mais distantes. Desde então, o mundo da interpretação tem atingido um bom número de adeptos, inclusive as pessoas com deficiência. Essa forma de arte tem contribuído para a reabilitação e socialização de qualquer indivíduo com deficiência. Com iniciativas que se espalham por todo o Brasil, o teatro vem conseguindo obter o seu maior objetivo que é atingir todos os públicos sem qualquer tipo de discriminação. Desde 2003, a ONG Tam Tam usa o teatro como o carro-chefe de suas iniciativas para ajudar na reabilitação de pessoas com deficiência. Em parceria com a prefeitura de Santos (SP), no espaço chamado "Espaço Sociocultural Café Teatro Rolidei", são realizados projetos envolvendo aulas de teatro, ensaios e apresentações.
O grupo já tem vários espetáculos que foram para os palcos, "As Flores de City Town" fala sobre o ciclo da vida, "Traços & Troças - Elogio à folia" conta a história do carnaval através do som das conhecidas marchinhas tradicionais e "A Terra Pode Ser Chamada de Chão" retrata assuntos sobre a relação entre o meio ambiente e o homem contemporâneo.
O elenco é composto por atores com e sem deficiência. De acordo com os organizadores, isso prestigia a integração que ocorre com todos os envolvidos nas peças, pois as pessoas com deficiência não querem uma categoria especial, elas querem ser tratadas como qualquer outro ser humano.
A ONG chegou até a ganhar um prêmio da Fundação Nacional de Artes (Funarte) por causa de seus trabalhos. Além disso, o grupo teve reconhecimento no exterior ao participar do Festival Internacional de Teatro Especial, realizado em Lisboa, capital de Portugal.
"O interessante desse festival foi ver a questão da inclusão em outro país. Em Portugal, a sociedade não está preparada, a maioria pensa que o único local adequado para as pessoas com deficiência é um hospital, mas isso não é verdade", fala o diretor Renato Di Renzo, responsável por assinar todos os espetáculos da Associação Projeto Tam Tam.
Viver é Adaptar-se
Bacabal (município a 250 km de distância de São Luís, capital do Maranhão) vem se destacando com o teatro na área da inclusão através da Companhia Curupira de Artes Cênicas. A trupe tem 11 anos de existência e conta com o trabalho de Zezinho Casanova e de sua esposa Lúcia Correia, que é cadeirante. Sua oficina segue a mesma linha da Tam Tam, há os atores com e sem deficiência e as limitações são respeitadas e superadas no elenco.
Lúcia e Costa Filho no Teatro Alcione Nazaré (São Luis)

Um dos últimos espetáculos produzidos pela Cia. é "Viver é Adaptar-se". A trama mostra, de forma engraçada, situações comuns que ocorrem no cotidiano das pessoas com deficiência, como automóveis estacionados em cima das rampas ou em outros locais reservados. "A ideia surgiu da necessidade de chamar a atenção da sociedade para um fato: de que existem pessoas com deficiência e que elas precisam de respeito. Faço trabalhos sociais e tenho ministrado palestras para algumas universidades sobre a inclusão. Todas essas ações ajudam, mas um espetáculo é muito mais eficiente", diz Zezinho.
Mesmo fazendo um bom trabalho, a Cia tem sofrido com a falta de incentivo governamental. "Procuramos os gestores locais, mas eles fecharam todas as portas. Bacabal pode ser considerada a cidade cemitério das artes no Maranhão. Não há nenhuma política pública para atender artistas e produtores culturais, imaginem as pessoas com deficiência!", enfatiza Zezinho.
Apesar dos obstáculos, a Companhia Curupira de Artes Cênicas continua com seus planos. O grupo também faz teatro com bonecos e trata de questões ligadas às pessoas com deficiência no trânsito, por exemplo. Outro projeto em andamento é um espetáculo que fala sobre temas po- lêmicos como doações de órgãos e o tratamento com células-tronco. A peça trará informações para a sociedade e contará com personagens e atores com deficiência.
I
Inclusão em Hollywood e na Broadway
Você já ouviu falar do filme "O Milagre de Anne Sullivan"? O longa foi lançado em 1962 e mostrava a vida de uma professora - chamada Anne Sullivan - que tenta fazer uma garota cega e surda (Helen Keller) se comunicar com os outros. A protagonista entra até em confronto com os pais da menina, que sempre sentiram pena da filha e nunca fizeram nada a respeito.
Além de ganhar as telas do cinema, a trama também foi parar nos palcos da Broadway, circuito com os espetáculos mais bem produzidos de Nova York. Recentemente, a peça esteve em cartaz com seu nome original "The Miracle Worker", nos Estados Unidos. A montagem recebeu Jennifer Morrison no elenco, a atriz é conhecida por interpretar a médica Allison Cameron no seriado "House".
Essa não foi a primeira vez que a peça foi parar no teatro, ela já passou pela Broadway em 1959 e faturou cinco prêmios Tony Awards, o Oscar do teatro americano. "The Miracle Worker" fechou sua temporada no mês de abril desse ano.
Mundo dos Menestréis
Em São Paulo, a Oficina dos Menestréis também se destaca com seu teatro especial. Em relação às pessoas com deficiência, o grupo segue com duas linhas de frente: O Projeto Mix Menestréis e o Projeto Up. O primeiro estreou em 2003 e coloca na mesma equipe atores cegos e cadeirantes. Com esse time, já foram encenados espetáculos como "Noturno Cadeirantes", "Good Morning São Paulo Mixturéba", "Vale Encantado Mix", "Zoom", "Mansão de Miss Jane Mix", "Banquete da Vida". Esta última montagem também faturou um prêmio da Funarte.
Já o Projeto Up trabalha com pessoas com síndrome de Down e foi criado no ano passado. Ambos os projetos contam com a ajuda de patrocinadores da Oficina dos Menestréis. "Minha intenção era mostrar que qualquer pessoa tem uma arte, como qualquer um tem um condicionamento físico. A arte mexe com a alma, é um grande veículo que ajuda a popularizar essa questão da inclusão", diz o diretor da oficina, Deto Montenegro.
Com essas novas iniciativas, Montenegro percebeu os benefícios vindo para todos os lados. As pessoas com deficiência ganharam mais autoestima e agilidade. O diretor evoluiu muito em relação ao seu ensaio, capacidade de adaptação e renovou seu método de ensino.
"Participar de um grupo teatral me trouxe vários benefícios, pois a técnica usada pelo Deto Montenegro serve para qualquer pessoa. Além de aprender exercícios de palco, isso aumentou minha autoestima e acabou tornando um dos meus hobbies", conta William Coelho, mais conhecido como Billy, paraplégico e um dos idealizadores do Movimento Superação.
Colhendo os frutos
Durante as entrevistas, todos foram unânimes ao afirmar que o teatro só traz pontos positivos para as pessoas com deficiência. O diretor Renato Di Renzo disse que a arte é uma "ponte" que faz ligações com diversos universos. Os projetos já estão trazendo bons resultados que refletem na plateia que acompanha os espetáculos. "Cada dia que passa temos a convicção que nossa peça faz um bem incalculável para as pessoas que têm a oportunidade de assistir. Elas saem do teatro como multiplicadores da ideia. Isso nos dá a certeza e o desejo de não parar de divulgar essa boa mensagem", ressalta uma das responsáveis pela Companhia Curupira de Artes Cênicas, Lúcia Correia.
Ao mesmo tempo, Montenegro percebeu que os espectadores que conferem as montagens se surpreendem, pois eles veem que os atores com deficiência não têm uma capacidade limitada na hora de subir no palco.

Serviços

ONG Tam Tam
Avenida Senador Pinheiro Machado, 48- Vila Mathias- Santos - SP www.tamtam.art.br / contato@tamtam.art.br / (13) 9124-6493

Companhia Curupira de Artes Cênicas
Rua Madre Cândida, 105 Madre Rosa - Bacabal - MA
http://ciacurupira.blogspot.com / (99) 8155-8511

Oficina dos Menestréis
Rua Domingos de Moraes, 348 - Vila Mariana - SP
www.oficinadosmenestreis.com.br
informacoes@oficinadosmenestreis.com.br / (11) 5575-7472
fonte: revista Sentidos ed. 58

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