Eduardo Bresciani, da Agência Estado
O PT acabou recuando em relação a votar uma resolução específica em defesa da regulamentação da comunicação. O 4º Congresso do partido, realizado nesse final de semana, em Brasília, acabou transformando a resolução em uma moção, o que tem peso menor dentro da instância partidária. Para não tirar o assunto do foco, o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido pretende fazer uma campanha para pressionar o Congresso Nacional a aprovar uma proposta de regulamentação da mídia.
Segundo Falcão, a ideia do
partido é pressionar o Congresso a aprovar um projeto com foco na
democratização da comunicação. "Aprovamos a ideia de fazer uma campanha
forte para que se aprove, no Congresso Nacional, o marco regulatório das
comunicações, que garanta liberdade de imprensa, direito a opinião,
nenhum tipo de censura de conteúdo, mas que democratize as informações
no País, que dê possibilidade de não haver uma versão única."
Entre as defesas do PT está a restrição da propriedade cruzada de meios
de comunicação e a proibição de que parlamentares sejam proprietários
de veículos. Falcão ressaltou, porém, que essa proibição para políticos
não significaria retirar concessões de quem já possui. "É daqui para
frente, ninguém vai cancelar a propriedade deles", disse. Diversos
parlamentares aliados ao governo Dilma Rousseff estão entre os que
possuem veículos de comunicação atualmente.
O presidente do partido afirmou ainda que o PT não defende mais a
proposta de controle social da mídia. "Não pretendemos fazer controle
social, o que queremos é democratizar a informação, ter múltiplas
versões, não queremos ter um jornalismo partidário que muitas vezes se
verifica em muitos veículos do nosso país", afirmou.
Apesar das críticas a veículos, Falcão afirma que não há intenção de
controlar o conteúdo, mas ele cobra a exposição de quem tem posição
partidária. "Nós defendemos liberdade de imprensa e o direito de
opinião, o que queremos é que os veículos assumam claramente sua vocação
partidária."






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