Pesquisadores portugueses desenvolveram uma
nanotecnologia que aumenta a eficácia terapêutica da quimioterapia para
pacientes com câncer de mama, além de evitar alguns efeitos colateiras
provocados pelo tratamento.
A nanopartícula usada para levar o
medicamento às células cancerígenas foi desenvolvida no Centro de
Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Farmácia da
Universidade de Coimbra. Na semana passada, a Universidade de Coimbra
conseguiu reconhecer nos Estados Unidos a patente da nanopartícula
registrada com o nome de Pegasemp™.
Segundo a universidade, a
tecnologia transporta o medicamento que mata as células cancerígenas e
destrói os vasos sanguíneos que alimentam o tumor – o que impede o
câncer de se alastrar no organismo e diminui riscos de reincidência. Por
causa de sua composição, a nanopartícula consegue chegar com mais
facilidade às células doentes e, ao encontrá-las, libera o medicamento
de tratamento.
A nanotecnologia é uma das áreas em que o Brasil
tem interesse em manter um programa de cooperação com Portugal. Conforme
divulgado em setembro passado pelo Itamaraty, uma comissão mista de
ciência, tecnologia e inovação entre os dois países irá discutir
cooperação nas áreas de nanotecnologia assim como biotecnologia e
biocombustíveis.
A Universidade de Coimbra é o principal local
de acolhimento de estudantes brasileiros que participam do Programa
Ciência sem Fronteira em Portugal, e o CNC tem reconhecimento
internacional.
Recentemente o centro anunciou o desenvolvimento
de uma vacina oral contra a Hepatite B, considerada a mais perigosa das
hepatites – segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 600 mil
pessoas morrem anualmente em todo o mundo por causa da doença.
Gilberto Costa
FONTE: Da Agência Brasil, em Lisboa
FONTE: Da Agência Brasil, em Lisboa
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