O Planalto estádisposto a aceitar o fim do sigilo eterno nos documentos ultrassecretos, comodecidiu a Câmara. A pressão dos senadores e da opinião pública e asmanifestações dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Nelson
Jobim (Defesa) levaram a presidente Dilma Rousseff a decidir que não fará vetosao que o Congresso decidir.
Jobim (Defesa) levaram a presidente Dilma Rousseff a decidir que não fará vetosao que o Congresso decidir.
Até a semana passada, Dilma havia insistido na proteção dos papéisultrassecretos. Ela disse publicamente que era a favor do acesso a todos osdocumentos, mas fora convencida pela Defesa e pelo Itamaraty sobre anecessidade de sigilo nos casos de ameaça à soberania nacional e riscos àdiplomacia. Agora, a presidente muda de ideia mais uma vez.
Os deputados aprovaram a lei determinando que os documentosultrassecretos fiquem em sigilo por 25 anos, podendo esse prazo ser renovadopor, no máximo, mais 25 anos. Quando a proposta chegou ao Senado, seupresidente, José Sarney
(PMDB-AP), e o senador Fernando Collor (PTB-AL) – ambos ex-presidentes daRepública – começaram a negociar a retomada da versão original, que dá aogoverno o poder de renovar essa proteção por tempo indeterminado.Os líderes do Senado ouvidos ontem pela reportagem disseram que amaioria dos parlamentares prefere o projeto aprovado pela Câmara. Além disso,na noite de segunda-feira, em reunião no Planalto, com Jobim e Patriota, os ministros disseram à presidente que não há em suas pastas arquivos e documentosque justifiquem “o sigilo eterno”. Por conta da pressão de Sarney eCollor, Dilma havia dado apoio ao “sigilo eterno”. As informações são do jornal OEstado de S. Paulo.
Copyright © 2011 Agência Estado.
0 comentários:
Postar um comentário