Após cinco meses de seu ápice, o maracujazeiro de dona Maria Rodrigues de Aguiar Farias, moradora de São José de Ribamar, sobrevive às especulações pessimistas e demonstra todo seu vigor, esbanjando uma produção tentadora. Em sua terceira safra, o maracujazeiro triplicou. Atualmente, são 20 unidades, com medidas de 20 centímetros de comprimento por 30 centímetros de diâmetro, atinge cerca de 2 kg. Alguns frutos do maracujazeiro fogem do formato tradicional e atrai um público frenético à casa de dona Maria Rodrigues. A visitação continua, mas desta vez, gira em torno da comercialização dos frutos, aos quais são atribuídas propriedades afrodisíacas. “Esses maracujás são deliciosos. Bem docinhos e macios. Algumas pessoas que provaram afirmaram que é um ótimo estimulante para os casais”, contou Maria Rodrigues. A intensa divulgação fomentou a curiosidade de pessoas em todo o Brasil. Turistas de vários estados vieram conferir o maracujá em São José de Ribamar. “Uma turista do Piauí se encantou e pagou R$ 120 reais por um que pesava cerca de três quilos. A produção de um programa de televisão em rede nacional também levou dois para São Paulo”, revelou a proprietária. Entretanto, dona Maria Rodrigues garante que a comercialização do maracujá é esporádica e não apresenta dividendos tão satisfatórios. “Às vezes, um visitante decide comprar um maracujá e não recuso a oferta. Portanto, o maracujazeiro não rende o meu sustento. Somente traz um dinheirinho extra de vez em quando”, ponderou. Embora constantemente apareça um comprador, dona Maria Rodrigues afirma que o maracujazeiro tornou-se “um membro da família” com valor imensurável. “Não pretendo cortá-lo, acho tão bonito. Além disso, garante a diversão em minha casa. Não há quem não esboce um sorriso ao ver o maracujá”, acrescentou. Memória O maracujazeiro de dona Maria Rodrigues, de 53 anos, ganhou notoriedade, em janeiro deste ano, ao produzir frutos em formato fálico. A descoberta atraiu curiosos de várias partes do Maranhão e do Brasil à cidade santuária de São José de Ribamar, distante 30 quilômetros de São Luís. Técnicos da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged) também estiveram no local para conferir a excentricidade do maracujá e avaliar as possíveis circunstâncias que teriam provocado o fenômeno. Após a visita, constatou-se que o maracujazeiro pertence à espécie Passiflora quadrangullaris, mais conhecida como maracujá-melão e que, possivelmente, teria sofrido uma alteração genética, cujos fatores determinantes ainda são desconhecidos |
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