quarta-feira, 9 de maio de 2012

Falar sozinho não é sinônimo de loucura

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A maioria das pessoas fala sozinha pelo menos de vez em quando. E muitas falam sozinhas com frequência. Para que serviria esse comportamento aparentemente tão sem sentido?
Pessoas que falam consigo mesmas enquanto estão buscando por objetos específicos podem ser mais capazes de encontrá-los, dizem pesquisadores.
Estudos feitos com crianças já haviam sugerido que falar consigo mesmo ajuda a modelar o comportamento dos pequenos. Por exemplo, crianças com frequência amarram os tênis contando para si mesmas o que estão fazendo, como se tentassem, dessa forma, manter o foco na tarefa.
O desafio era saber se o comportamento era válido também no caso de adultos. Uma série de experimentos sobre o tema foi realizada por Gary Lupyan, da Universidade de Wisconsin-Madison, e por Daniel Swingley, da Universidade de Pensilvânia, e os resultados acabam de ser publicados no Quarterly Journal of Experimental Psychology.
Em uma das etapas do experimento, eram apresentadas aos participantes, adultos, 20 imagens contendo vários e diferentes objetos e em cada uma, eles precisavam achar um deles (Exemplos: “ache o pote de geléia na prateleira dos supermercado” ou “encontre a manteiga na geladeira”).
Por vezes, as imagens eram substituídas por instruções por escrito, como “por favor, ache o bule”. Em outros, os participantes tinham que buscar os objetos duas vezes.
Em uma das vezes, no entanto, eles eram instruídos a dizer em voz alta o nome do objeto pelo qual estavam procurando. A experiência mostrou que nas vezes em que falavam o nome em voz alta a busca era mais rápida.
Numa segunda etapa, os participantes precisavam completar uma compra virtual. Eram apresentadas imagens de objetos familiares encontrados nas prateleiras dos supermercados e em seguida os participantes eram convidados a reconhecê-los, onde quer que eles estivessem (por exemplo: encontre todas as latas de refrigerante ou todos os pacotes de maçã). De novo, falar ou murmurar o nome da coisa procurada tornava as buscas mais rápidas.
Os autores do estudo concluíram que ‘apesar dos resultados fornecerem evidências de que falar consigo mesmo afeta os processos relacionados a buscas visuais de objetos específicos, não existem evidências, até o momento, de que efetivamente interfiram na localização dos objetos”
fonte: GI

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