Morreu, por volta da 1h desta
quinta-feira (10), aos 94 anos, o político e jornalista maranhense Neiva
Moreira. Ele estava internado desde a madrugada de 31 de março no
Hospital UDI, de São Luís, após apresentar um quadro de infecção
respiratória.
José Guimarães Neiva Moreira nasceu no município maranhense de Nova Iorque, no dia 10 de outubro de 1917.
Neiva Moreira foi jornalista e deputado por várias legislaturas
Deputado estadual pelo PSP (1951 a 1955) e federal, pelo mesmo partido,
de 1955 a 1964, Neiva foi um dos fundadores do Partido Democrático
Trabalhista (PDT) no Maranhão, após aderir à Carta de Lisboa, de 17 de
junho de 1979, o documento oficial de fundação do partido, idealizado
por Leonel Brizola.
Pelo PDT, Neiva foi deputado federal de 1993 a 1994, e de 1997 a 2007.
Também editou, nas décadas de 1970 e 1980, a revista Cadernos do
Terceiro Mundo, que cobriu acontecimentos políticos e sociais relevantes
em países pobres da América Latina, da África, da Ásia e do Oriente
Médio.
O político, recebendo visita de Jackson Lago, Edson Vidigal e José Serra
Seu último cargo político foi como assessor especial do governador
pedetista Jackson Lago (janeiro de 2006 a abril de 2009), que teve sua
gestão interrompida após cassação promovida pelo TSE.
Como jornalista, além de fundar a revista Cadernos do Terceiro Mundo,
Neiva trabalhou como repórter no jornal O Pacotilha e foi dono do Diário
do Povo, ambos de São Luís. No Rio de Janeiro, foi repórter dos jornais
Diário de Notícias, Diário da Noite, O Jornal e revista Cruzeiro. Ainda
no Rio de Janeiro colaborou em A Vanguarda, O Semanário e fundou O
Panfleto.
Cassado e preso pelos
militares, no golpe de 1964, Neiva Moreira foi, inesperadamente, posto
em liberdade, por decisão de um chefe militar. Em seguida, asilou-se na
Embaixada da Bolívia, de onde, protegido por salvo-conduto diplomático,
viajou para La Paz, iniciando um exílio de 15 anos, que o levou a
residir no Uruguai, na Argentina, no Peru e no México.
Boa parte da biografia aventuresca de Neiva Moreira está presente no
livro-reportagem “O pilão da madrugada”, que contém depoimentos de Neiva
ao escritor (também maranhense) José Louzeiro.
O velório começará às 9h, na sede do PDT (Partido Democrático
Trabalhista), na Rua dos Afogados (Centro de São Luís). O enterro será
às 16h, no cemitério do Gavião.fonte:Jornal Pequeno
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