NOTA DO DIÁRIO DO MEARIM: A declaração do Deputado Estadual Bira do Pindaré de que será oposição ao governo Roseana os bacabalenses já conheciam, pois o mesmo em reunião com lideraçãs populares do bairro da areia afirmou isso com bastante claresa, segue abaixo entrevista consedida pelo deputado ao Jornal Pequeno, que pelo conteúdo das declaraçoes achamos bom bem disponibiliza-las no blog para que os leitores tirem suas proprias coclusões.
POR JORGE VIEIRA
Considerado a maior revelação política do Estado nos últimos tempos, o deputado Bira do Pindaré (PT), 41 anos, advogado praticante e militante dos movimentos sociais organizados, cumpre a missão mais espinhosa da atual legislatura: fazer oposição ao governo sendo um dos integrantes da bancada que dá sustentação a Roseana Sarney (PMDB).
Ele reconhece a dificuldade, mas garante que nada o afastará de sua coerência e de sua história de luta contra o grupo que está no poder há quase 50 anos, ainda que seu partido se mantenha na aliança que lhe foi imposta pela direção nacional do PT em 2010, e que obrigou a militância petista a pedir votos para a então candidata Roseana Sarney.
Bira conversou com o Jornal Pequeno.
Jornal Pequeno – É difícil fazer oposição sendo integrante da bancada que dá sustentação ao Governo do Estado no parlamento?
Bira do Pindaré – É a situação mais complicada que um deputado pode viver, porque meu partido é de situação e eu sou de oposição. Isso não acontece por acaso e sim consequência de uma situação que a gente viveu na eleição de 2010.
Todos sabem que o Partido dos Trabalhadores teve uma intervenção nacional que obrigou o PT do Maranhão, que havia deliberado pelo apoio a Flávio Dino (PCdoB), a se aliar com o PMDB em torno da candidatura de Roseana Sarney. Mas eu não posso negar minha coerência nem minha história. Custe o que custar nós vamos manter nossa posição. Sei que é muito difícil, desconfortável, delicada e que torna o meu mandato o mais complicado de todos, mas graça a Deus, até agora, nós temos conseguido sobreviver com muita dignidade, e é isso que eu acho o mais importante.
JP - A Assembleia viveu uma semana de muita agitação em função dos episódios envolvendo a desconvocação da secretária Olga Simão (Educação) e o não encaminhamento de um ofício ao Ministério Público Federal solicitando investigação sobre o desvio de recursos destinados a socorrer flagelados. O que ficou de positivo do debate?
BP - Eu acho que até o momento a Assembleia Legislativa cumpre um papel importante, mesmo porque é o espaço para os grandes debates sobre o Maranhão. Começamos muito bem essa legislatura, mas os últimos incidentes são preocupantes por colocarem em risco a segurança jurídica. Por isso, acho que nós devemos primar pelo debate político, que é próprio da democracia, independente de ser de oposição ou situação, para não permitir que isso contamine a ordem regimental da Casa e a Constituição do Estado. Temos que preservar porque essa é a nossa garantia. Eu nem votei neste Regimento que está em vigência, mas certamente ele foi aprovado pela vontade da maioria e nós temos que respeitar. Alguma coisa tem que ser referência entre nós, senão vai ser a luta de todos contra todos e neste cenário não se salva ninguém.
JP – Em que momento a segurança jurídica esteve ameaçada?
BP – Deixar de cumprir uma decisão do plenário é uma posição temerária. Acho que a Mesa da Assembleia não deve alterar nem se intrometer nas decisões do plenário, porque ele é soberano. O requerimento do deputado Manoel Ribeiro (PTB) desconvocando a secretária Olga Simão não deve prosperar, muito menos ter efeito suspensivo com relação ao que o plenário estabeleceu, que foi a convocação e a representação ao Ministério Público Federal, conforme foi votado pelo plenário. Temos que discutir mais do que quem cochilou ou quem deixou de cochilar. Nós temos é que cumprir com a decisão do plenário, que é a força máxima da Assembleia.
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