FONTE: Imirante, com informações do MDS
Arquivo/O Estado
Durante este mês de abril, vinte e três comunidades quilombolas tituladas do Maranhão, duas do Rio de Janeiro e seis de São Paulo receberão visitas das equipes de pesquisadores responsáveis pela coleta de dados da pesquisa de avaliação nutricional. O trabalho de campo começou no dia 9 e busca revelar o perfil nutricional de crianças menores de cinco anos, além de avaliar a situação socioeconômica das famílias. O levantamento abrangerá 173 comunidades quilombolas que obtiveram título de posse coletiva da terra entre 20 de novembro de 1995 e 14 de outubro de 2009. No total, serão 55 municípios pesquisados. Durante as visitas, as crianças nessa idade serão medidas e pesadas.
Conduzido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), o levantamento pretende, também, analisar o acesso das 173 comunidades quilombolas aos serviços, benefícios e programas governamentais.
Em um estudo realizado em 2005 pelo ministério, dados revelaram que, de cada dez crianças com até 5 anos que vivem em comunidades quilombolas, uma está desnutrida. A mesma avaliação constatou que 11,6% dos meninos e meninas dessas localidades apresentam déficit de altura para a idade, principal indicador para aferir a desnutrição. O levantamento igualmente traduziu o perfil socioeconômico da população.
Para desenvolver o trabalho de campo, o MDS contratou o Núcleo de Pesquisa, Informação e Políticas Públicas da Universidade Federal Fluminense (Datauff). A empresa foi selecionada por edital público, no âmbito do projeto de cooperação técnica firmado entre o MDS e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Cada equipe possui um profissional para medir e pesar as crianças, dois pesquisadores e um coordenador de campo.
Mobilização
Agentes comunitários de saúde, também, participarão do levantamento, para pesar e medir as crianças. Antes do trabalho de campo, foram realizadas oficinas técnicas regionais com as comunidades. Esses encontros, ocorridos em Brasília, Belém, Santarém (PA), e São Luís, apresentaram os objetivos e a metodologia da pesquisa.
A participação dos agentes comunitários é essencial, já que possuem conhecimento prévio sobre a realidade local. Cerca de 11 mil famílias serão entrevistadas e os dados do estudo serão divulgados em 2012.
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