Daniel Fernandes
Ismael Araújo
Após 58 dias de greve dos professores da rede estadual, ocorreu ontem, no Palácio dos Leões, o primeiro encontro entre os dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) e uma das duas principais autoridades do Poder Executivo, o vice-governador, Washington Luiz. Presentes ao encontro, o secretário de Relações Institucionais, Rodrigo Comerciário, e secretário adjunto de Educação, Fernando Silva.
Durante a reunião, o presidente do Sinproesemma, professor Julio Pinheiro, apresentou as razões para que a categoria se mantenha em greve, que a reivindicação da adoção do Piso Salarial Nacional, atualmente no valor R$ 1.187,77, e a aprovação e aplicação imediata do Estatuto do Educador. Ele também reclamou do que chamou “ambiente de perseguição” aos grevistas que seria formado pelo corte do ponto de quem cruzou os braços, desconto nos salários de professores da ativa e, até, dos licenciados, transferência em massa de educadores dos seus postos de trabalho e a falta de diálogo entre as partes.
Julio Pinheiro ainda disse que o vice-governador ficou de tratar sobre o assunto diretamente com a governadora do estado, Roseana Sarney, ou com o chefe da Casa Civil, Luis Fernando, e até a manhã de hoje teria uma resposta que atendesse tanto ao governo como à categoria. “A categoria sempre quis negociar com o governo e firmar um entendimento, mas somente agora, estamos tendo esse contato direto”, diz o presidente.
Paralelo a isso, os professores integrantes do movimento grevista realizaram atos contra as medidas tomadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de cortar pontos, descontar faltas e considerar a greve dos professores como ilegal. Na noite de terça-feira, mais de 80 professores ocuparam a escadaria e jardins da sede da secretaria, no Monte Castelo. Segundo eles, na ocasião estava previsto um encontro do sindicato com a secretária Olga Simão, que não ocorreu. Parte dos professores se manteve no local durante toda a madrugada, e continuou o protesto mesmo com a forte chuva que caiu durante a tarde de ontem.
Seduc nega
Sobre a reunião de terça-feira, a Seduc afirmou que não havia qualquer audiência ou reunião marcada com o Sinproesemma para a data, porque a secretária estava em viagem para Brasília, e que só com o seu retorno é que seria marcado um dia para reunir categoria em greve e secretaria. Afirmou em nota que, “seguindo a legislação, não poderá reabrir o diálogo enquanto ainda houver professores insistindo no movimento grevista, que foi considerado ilegal em decisões do Tribunal de Justiça do Maranhão e do Supremo Tribunal Federal (STF)”. No fim da nota, reiterou o compromisso de encaminhar o Estatuto do Professor à Assembleia Legislativa.
Pedido á Justiça
A ilegalidade da greve se deu por uma decisão liminar da Justiça, que foi acionada pela Procuradoria Geral do Estado do Maranhão (PGE-MA). No entendimento do Estado, os professores decretaram a greve por tempo indeterminado sem observar os preceitos legais que regem o movimento. O sindicato, no entanto, não está considerando a decisão judicial de legalidade da greve, com o argumento de ser uma decisão liminar, e informou que entrou com agravamento regimental para contestar a decisão da Justiça maranhense, apoiada em decisão do Supremo Tribunal Federal. O recurso agora aguarda julgamento.
Em manifestação ontem pela manhã, os professores fizeram duas críticas à atuação da secretaria em relação ao movimento grevista. Eles reclamaram de truculência e de resistência ao diálogo por parte da Seduc. “Eles não entendem que a nossa greve não é só salarial. A nossa greve é estrutural. Queremos garantia de melhores condições de trabalho nas escolas”, declarou a professora de física Giselia Andréa Lopes.
fonte: O Imparcial
Durante a reunião, o presidente do Sinproesemma, professor Julio Pinheiro, apresentou as razões para que a categoria se mantenha em greve, que a reivindicação da adoção do Piso Salarial Nacional, atualmente no valor R$ 1.187,77, e a aprovação e aplicação imediata do Estatuto do Educador. Ele também reclamou do que chamou “ambiente de perseguição” aos grevistas que seria formado pelo corte do ponto de quem cruzou os braços, desconto nos salários de professores da ativa e, até, dos licenciados, transferência em massa de educadores dos seus postos de trabalho e a falta de diálogo entre as partes.
Julio Pinheiro ainda disse que o vice-governador ficou de tratar sobre o assunto diretamente com a governadora do estado, Roseana Sarney, ou com o chefe da Casa Civil, Luis Fernando, e até a manhã de hoje teria uma resposta que atendesse tanto ao governo como à categoria. “A categoria sempre quis negociar com o governo e firmar um entendimento, mas somente agora, estamos tendo esse contato direto”, diz o presidente.
Paralelo a isso, os professores integrantes do movimento grevista realizaram atos contra as medidas tomadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) de cortar pontos, descontar faltas e considerar a greve dos professores como ilegal. Na noite de terça-feira, mais de 80 professores ocuparam a escadaria e jardins da sede da secretaria, no Monte Castelo. Segundo eles, na ocasião estava previsto um encontro do sindicato com a secretária Olga Simão, que não ocorreu. Parte dos professores se manteve no local durante toda a madrugada, e continuou o protesto mesmo com a forte chuva que caiu durante a tarde de ontem.
Seduc nega
Sobre a reunião de terça-feira, a Seduc afirmou que não havia qualquer audiência ou reunião marcada com o Sinproesemma para a data, porque a secretária estava em viagem para Brasília, e que só com o seu retorno é que seria marcado um dia para reunir categoria em greve e secretaria. Afirmou em nota que, “seguindo a legislação, não poderá reabrir o diálogo enquanto ainda houver professores insistindo no movimento grevista, que foi considerado ilegal em decisões do Tribunal de Justiça do Maranhão e do Supremo Tribunal Federal (STF)”. No fim da nota, reiterou o compromisso de encaminhar o Estatuto do Professor à Assembleia Legislativa.
Pedido á Justiça
A ilegalidade da greve se deu por uma decisão liminar da Justiça, que foi acionada pela Procuradoria Geral do Estado do Maranhão (PGE-MA). No entendimento do Estado, os professores decretaram a greve por tempo indeterminado sem observar os preceitos legais que regem o movimento. O sindicato, no entanto, não está considerando a decisão judicial de legalidade da greve, com o argumento de ser uma decisão liminar, e informou que entrou com agravamento regimental para contestar a decisão da Justiça maranhense, apoiada em decisão do Supremo Tribunal Federal. O recurso agora aguarda julgamento.
Em manifestação ontem pela manhã, os professores fizeram duas críticas à atuação da secretaria em relação ao movimento grevista. Eles reclamaram de truculência e de resistência ao diálogo por parte da Seduc. “Eles não entendem que a nossa greve não é só salarial. A nossa greve é estrutural. Queremos garantia de melhores condições de trabalho nas escolas”, declarou a professora de física Giselia Andréa Lopes.
fonte: O Imparcial
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