segunda-feira, 24 de maio de 2010

País precisa melhorar Ensino Médio e deve incluir estudo da nossa MPB

Jornalista e escritor
Rio - Em minha última croniqueta insistia num ponto que considero essencial: a melhoria da educação no Ensino Médio. Especialmente o público, aquele monitorado e pago pelos Estados da Federação.

Até porque todos soubemos recentemente de uma trágica estatística: a evasão dos bancos escolares a um nível assustador de altos percentuais. Certamente que algo há de ser feito para tentar estancar essa que deve ser considerada uma quase tragédia nacional.

Como muitos dos leitores talvez saibam, há uma lei – ainda não regulamentada – que prevê a inclusão da música nas escolas. Mas que tipo de música? E o que ensinar sem antes, preferencial e estrategicamente, formar/informar os alunos sobre uma história de sedução, a da MPB?

A bela história de nossa música foi absorvida com precisão pela miscigenação, sinalizadora preferencial da própria nacionalidade.

Pois é isso mesmo o que vocês estão pensando: se hoje os alunos só reconhecem Tati Quebra Barraco, MV Bill ou DJ Malboro, eles precisam saber que antes existiram e definiram nossa alma musical pioneiros, como Nazareth e Chiquinha; intermediários, como Pixinguinha, Noel e Ary Barroso; gente recente – também já esquecida pelos nossos adolescentes de hoje – como Tom, Chico, Milton, Martinho ou Caetano.

Ainda agorinha, a Secretária de Educação Tereza Porto anunciou uma novidade flamejante e estratégica: toda a história da MPB nas escolas do estado através de kits com DVDs, livros didáticos, CDs e cartazes. O pioneirismo do Estado do Rio certamente vai se espraiar – em brevíssimo tempo, esperamos todos – pelos demais rincões do País continental que somos. E que carece de se conhecer/reconhecer mais e melhor.
FONTE: O Dia

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