O mais barato do mundo poderá voar para o Brasil

POR LUIZ ALMEIDA

 A chinesa Geely, que recentemente adquiriu a tradicional marca sueca Volvo, da Ford, se prepara para produzir o carro mais barato do mundo. A intenção é fazer frente ao indiano Tata Nano, que atualmente é o modelo mais em conta no mercado, custando pouco mais de US$ 2,5 mil na Índia — cerca de R$ 4,4 mil. A marca chinesa irá lançar, em 2012, o Intelligent Geely, que terá preço em torno dos US$ 2,3 mil — R$ 4,1 mil.

O IG no Salão de Pequim: conceitual e elétrico | Foto: Divulgação

Apresentado ainda como conceito no último Salão de Pequim, em abril, o IG, como foi batizado pela Geely, tem visual de linhas arrojadas e impressiona pelas ousadas portas do tipo ‘asa de gaivota’, numa clara referência ao clássico Mercedes-Benz 300 SL Gullwing, de 1954. Porém, é bem provável que o IG de produção perca tal configuração de abertura das portas. Mesmo assim, o modelinho promete conquistar o mercado, já que o preço baixo vai ser o grande diferencial.

De dimensões compactas — a Geely não forneceu as medidas —, o IG sairá equipado com um motor de 998 cilindradas e 70 cv de potência máxima, que irá trabalhar em parceria com um câmbio CVT. E mais para a frente, mais exatamente a partir de 2014, a Geely pretende produzir também uma versão elétrica do carro, que sairia equipado com baterias de íons de lítio. A unidade elétrica seria capaz de entregar 80 cv de potência, enquanto a autonomia, de acordo com as primeiras informações da Geely, seria de 150 km.

Ainda de acordo com a marca chinesa, o IG poderá se transformar num modelo a ser vendido mundialmente e não apenas na China. Isso porque, segundo a Geely, o carro atenderá a todas as rígidas normas de segurança e emissão de poluentes dos Estados Unidos e da Europa. A fabricante, aliás, poderá até mesmo vender o IG no Brasil. Afinal, a Geely atualmente já está presente na América Latina, atuando no Uruguai, Venezuela, Chile e Peru. Além disso, as marcas chinesas estão de olho no aquecido mercado brasileiro de automóveis, que cresce ano a ano.
FONTE: O Dia