O vice-presidente do PT no Maranhão, Augusto Lobato, e diversas lideranças do partido negaram ontem que o partido tenha decidido apoiar a reeleição da governadora Roseana Sarney (PMDB), ao contrário do que foi divulgado pelo grupo liderado pelo suplente de deputado Washington Luiz. De acordo com Lobato, será convocado um encontro extraordinário para garantir a continuidade da definição das táticas eleitorais e a manutenção do deputado federal Flávio Dino (PCdoB) como o nome apoiado pela legenda ao governo do Estado.
As informações foram divulgadas em entrevista coletiva realizada ontem com a presença de várias lideranças do partido. Durante a coletiva, foi distribuído um comunicado refutando as informações divulgadas pelo grupo pró-Roseana Sarney. De acordo com o documento, a reunião realizada no último domingo foi organizada pelo grupo de Washington Luíz, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB). O comunicado frisou que “aquela reunião não traduz a decisão do PT, mas apenas a do grupo, que se nega a acatar a decisão do Encontro Estadual dos dias 26 e 27 de março”.
Lobato lembrou que, segundo o estatuto do partido, o encontro estadual é a instância soberana para decisões do estado. “As decisões tomadas no encontro estadual só podem ser modificadas com intervenção do diretório nacional, senão é golpe”, disse Lobato.
Contra-informação – Na atividade realizada domingo, teria sido apresentada uma lista com 90 assinaturas de delegados que, segundo o grupo, teriam declarado apoio a Roseana Sarney. Até o momento, três deles já afirmaram que, embora seus nomes estejam no documento, eles são contrários à perspectiva de coligação com o PMDB e não autorizam a utilização dos seus nomes. São eles: Maria de Lourdes Oliveira (Buriti de Inácia Vaz), Marcelo de Sousa Belfort (Ribamar Fiquene) e Manoel Silva Araújo (Bacabal).
O secretário de organização do PT, Bira do Pindaré, disse ainda que Roseana Sarney está usando a tática da contra-informação. “São notícias que foram veiculadas de forma equivocada para a sociedade, para confundir a militância do PT e a comunidade maranhense”, definiu. Como não foi aprovado em encontro estadual nem fruto de intervenção nacional do PT, o encontro do último domingo não teve qualquer respaldo legal. “Agora, só pode haver mudança desse resultado com a intervenção do diretório nacional. Qualquer outro encaminhamento para nós é golpe. Aqui, o encontro estadual já definiu que o candidato é Flávio Dino”, disse Bira.
O encontro a ser realizado nos dias 21 e 22 de maio faz parte do calendário do PT, que estabelece 6 de junho como o prazo final para a definição das candidaturas em todos os estados. A reunião, que foi agendada no Encontro Estadual dos dias 26 e 27 de março, definiu que no encontro de maio seriam escolhidos os candidatos a vice-governador, senador, deputados federais e estaduais.
Terezinha Fernandes, pré-candidatada a vice na chapa encabeçada por Flávio Dino, garantiu que não pode haver rediscussão do que já foi estabelecido. “Nós ganhamos o encontro. E a partir do momento em que o PT decide uma coisa, isso passa a ser uma decisão do PT, e concordando ou não concordando, os que perderam a votação devem seguir a orientação do partido. É essa a via democrática”, disse ela.
FONTE:Jornal Pequeno
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