Uma reportagem do jornal “O Globo” desta terça-feira, 19 de julho, mostrou o aumento significativo dos preços de ingressos para shows internacionais no Brasil. Com a desvalorização da moeda americana perante o real, os valores dos ingressos já superam os vendidos fora do país. “Os preços dos serviços não prioritáridos no orçamento familiar, como espetáculos, já superam a inflação média em 12 meses, até junho. Shows de música ficaram 7,24% acima da inflação.”, diz o texto.
Segundo William Crunfli, empresário do setor de entretenimento, as justificativas para o aumento são: a queda do dólar, a crise no mercado internacional, a baixa vendagem de discos de artistas e o fato do Brasil ser o único país do mundo que tem 50% de desconto para estudantes.
Outro “vilão” apontado é o custo Brasil, que segundo William, tornam o Brasil o país mais caro do mundo para carga e logística. Como exemplo, o jornal comparou o preço da locação de palco nos EUA (US$ 30 mil) e no Brasil (R$ 200 mil).
Um recente show cantor britânico, Ozzy Osbourne, pagou R$ 91 mil de Imposto sobre Serviço (ISS), ante renda bruta de R$ 6 milhões.
Segundo Edgard Radesca, realizador de eventos, os tributos que incidem sobre o cachê de artistas internacionais são:
33% de Imposto de Renda
10% de taxa da Ordem dos Músicos do Brasil
3% de Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos
10% de taxa da Ordem dos Músicos do Brasil
3% de Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos
De acordo com a matéria, fora os tributos enumerados, há custos com o visto de trabalho (US$ 210 por músico e US$ 100 por música para os despachantes internacionais). Sobre a bilheteria, mais impostos: de 5% a 10% para o Ecad, referente a direitos autorais, mais 5% de ISS, além de PIS, Confins e Imposto de Renda sobre o lucro presumido.
Fonte: O Globo
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