POR CLARISSA MELLO--O Dia
Além de dores latejantes, náuseas e mal estar intenso,
cariocas que sofrem de enxaqueca e procuram as grandes emergências ainda
precisam lidar com outro tipo de dor de cabeça: a falta de preparo de
profissionais. Estudo realizado pelo diretor do Centro de Avaliação e
Tratamento da Dor de Cabeça do Rio de Janeiro, Abouch Krymchantowski,
identificou que apenas 5% dos pacientes que procuram tratamento nos
hospitais recebem medicamentos adequados.
Arte: O Dia
O levantamento foi feito com pessoas atendidas em quatro hospitais
particulares, nas zonas Sul e Norte da cidade. De 40, apenas dois
doentes receberam medicação correta. Cerca de 90% receberam dipirona
injetável, mesmo tendo relatado aos médicos que já haviam tomado o
remédio em casa. E quase 50% também receberam medicamento à base de
morfina, que pode até piorar os sintomas da enxaqueca.
“Decidi publicar o estudo, pois os relatos dos pacientes que recebo no consultório são absurdos. Estou reunindo informações que permitam dizer que a educação médica na área da enxaqueca precisa melhorar”, diz Abouch.
Para o especialista, o principal problema é o tempo que médicos dedicam para ouvir o histórico do paciente: na maioria dos casos, cerca de 15 minutos. “Em 15 minutos é impossível fazer um diagnóstico correto. A enxaqueca é uma síndrome identificada por histórico clínico. É preciso ouvir os sintomas, saber se a pessoa tem parentes que sofrem do mesmo problema, tudo com atenção. A primeira consulta deve durar uma hora”, afirma o médico.
Segundo Abouch, não é preciso fazer exames, como tomografia ou ressonância, para identificar a enxaqueca. Essas ferramentas são usadas para descartar a possibilidade de outras doenças, como tumores cerebrais que, em alguns casos, têm sintomas parecidos com os da enxaqueca. “Se a consulta é curta, o médico não tem segurança para fazer diagnóstico. Por isso pede exames desnecessários”.
Para diminuir as crises, a receita é simples: exercícios físicos, alimentação saudável, vida sexual ativa e pouco estresse. “São os maiores aliados de quem tem enxaqueca”, ensina Abouch.
“Decidi publicar o estudo, pois os relatos dos pacientes que recebo no consultório são absurdos. Estou reunindo informações que permitam dizer que a educação médica na área da enxaqueca precisa melhorar”, diz Abouch.
Para o especialista, o principal problema é o tempo que médicos dedicam para ouvir o histórico do paciente: na maioria dos casos, cerca de 15 minutos. “Em 15 minutos é impossível fazer um diagnóstico correto. A enxaqueca é uma síndrome identificada por histórico clínico. É preciso ouvir os sintomas, saber se a pessoa tem parentes que sofrem do mesmo problema, tudo com atenção. A primeira consulta deve durar uma hora”, afirma o médico.
Segundo Abouch, não é preciso fazer exames, como tomografia ou ressonância, para identificar a enxaqueca. Essas ferramentas são usadas para descartar a possibilidade de outras doenças, como tumores cerebrais que, em alguns casos, têm sintomas parecidos com os da enxaqueca. “Se a consulta é curta, o médico não tem segurança para fazer diagnóstico. Por isso pede exames desnecessários”.
Para diminuir as crises, a receita é simples: exercícios físicos, alimentação saudável, vida sexual ativa e pouco estresse. “São os maiores aliados de quem tem enxaqueca”, ensina Abouch.
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