A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (6) a Medida
Provisória que reduz a zero os índices de PIS e Cofins cobrados sobre a
produção de tablets no Brasil. O objetivo é reduzir os preços desses
aparelhos no país. O projeto agora vai para a análise do Senado.
O governo enviou a medida provisória sobre o assunto para o Congresso
em maio – a redução dos impostos só vale para aparelhos produzidos no
Brasil, com um determinado índice de componentes nacionais. De acordo
com o Ministério de Ciência e Tecnologia 25 empresas já sinalizaram que
querem fabricar esses aparelhos no país e cinco já iniciaram a produção
de aparelhos nacionais: Samsung, a Motorola, Semp Toshiba, Positivo, e a
Aix.
A grande expectativa é pelo começo da produção do iPad, da Apple.
A Foxconn, empresa asiática que produz esses produtos para a Apple, pode
iniciar a produção nacional ainda neste ano, mas ainda não há uma data
exata para que isso aconteça – o começo da fabricação já sofreu diversos
atrasos.
O Ministro de Ciência e Tecnologia diz que o iPad começa a ser produzido no Brasil até o fim do ano.
– A Apple está fazendo a sua primeira fábrica fora da China. Ela não
tem nenhuma outra fábrica no mundo. É a primeira. Portanto, o tempo dela
se instalar no Brasil e produzir os tablets seguramente será um pouco
mais longo do que as empresas que já estavam e fizeram adaptações nas
linhas de produção.
Segundo ele, a fábrica da Apple será instalada no município de Jundiaí, ao lado da Rodovia Anhanguera.
Produção em alta
Produção em alta
De acordo com a empresa de pesquisa IDC, as vendas de tablets no
Brasil devem chegar a 300 mil unidades em 2011, com a maior movimentação
ocorrendo nos seis últimos meses do ano. Segundo o IDC, a desoneração
dos tablets só terá um impacto relevante sobre as vendas em 2012,
levando-se em conta o tempo de produção dos dispositivos brasileiros.
São considerados tablets os computadores portáteis em forma de
prancheta. Por meio de decreto, o governo também reduzirá o IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) e o II (Imposto de Importação). A
redução de tributos é uma das condições para que esses dispositivos
sejam produzidos no Brasil, conforme negociações feitas pela equipe da
presidente Dilma Rousseff em sua visita à China, no início do ano.
Medidas polêmicas
No início da discussão, a relatora da medida, a deputada Manoela
D'Ávila (PCdoB-RS), retirou do texto pontos considerados polêmicos, como
o que permite a criação de subsidiárias no Brasil e no exterior do
Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), empresa
pública com sede em Porto Alegre e que vai fabricar semicondutores e
chips necessários à produção dos tablets no Brasil.
Manoela D'Avila explicou que, em reunião com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ficou decidido que esses pontos serão, posteriormente, encaminhados ao Congresso pelo Executivo.
Manoela D'Avila explicou que, em reunião com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ficou decidido que esses pontos serão, posteriormente, encaminhados ao Congresso pelo Executivo.
– O governo reconhece que nós podemos dar um salto na maneira como
essa empresa pública é estruturada e podemos ter competitividade. A
ministra se comprometeu, em 30 ou 60 dias, a enviar matéria para a
Câmara para ser aprofundada.
Também foi retirada do texto a parte relativa a mudanças na regulação
dos recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a que trata
de incentivos adicionais para empresas instaladas na Zona Franca de
Manaus. A retirada desses pontos do texto viabilizou o acordo para
garantir a aprovação da matéria.
O projeto de lei de conversão permite que a indústria de tablets deduza custos com cursos técnicos, superiores ou de pós-graduação, inclusive bolsas de estudo, oferecidos ao trabalhador que atua no desenvolvimento de programas (softwares). Os cursos, entretanto, precisam ser reconhecidos pelo Ministério da Educação.
O projeto de lei de conversão permite que a indústria de tablets deduza custos com cursos técnicos, superiores ou de pós-graduação, inclusive bolsas de estudo, oferecidos ao trabalhador que atua no desenvolvimento de programas (softwares). Os cursos, entretanto, precisam ser reconhecidos pelo Ministério da Educação.
FONTE: Do R7, com Agência Brasil






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