O governo compareceu em peso no IV Congresso Nacional do PT, mas a presidente Dilma Rousseff foi a única a ser aclamada pelo nome pela plateia presente. Além dela, apenas dois petistas sem cargo no governo também foram prestigiados dessa forma: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-deputado José Dirceu, que mostrou como continua influente dentro do partido. Ao entrar, Dirceu foi aplaudido de pé e ouviu do público presente:
- Zé Dirceu, guerreiro, do povo brasileiro.
Logo na abertura do encontro, o presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Arthur Henrique, fez questão de solidarizar com
Dirceu, que foi alvo de uma reportagem da revista "Veja" na qual foi
acusado de tentar desestabilizar o governo Dilma.
- Quero sugerir que esse Congresso aprove uma moção de repúdio contra
o crime cometido por uma revista de circulação nacional contra o nosso
companheiro José Dirceu - propôs o presidente da CUT.
Arthur Henrique ainda propôs uma outra moção contra a leitura que
parte da mídia fez sobre a decisão do Banco Central de reduzir em 0,5
ponto percentual a taxa de juros.
- Nas vezes em que o Banco Central aumentou o juros, ninguém falou em
falta de transparência ou de autonomia da instituição - tentou
justificar.
A abertura do congresso também teve alguns contratempos. Enquanto o
presidente nacional do PT, Rui Falcão, discursava, um grande número de
militantes barrados batia nas portas do auditório onde estavam as
principais estrelas dos partido. Entre os barrados estava inclusive o
chefe de gabinete da presidente Dilma, Gilles de Azevedo. Falcão foi
interrompido pela plateia, que apelou para que as portas do auditório,
com capacidade para 1.400 pessoas e que não estava lotado, fossem
abertas. Só então é que a segurança contratada permitiu que o grupo
entrasse.
- Esse é que um partido bom. Enquanto em outros tem gente brigando
para sair, neste tem gente brigando para entrar - brincou Rui Falcão, ao
retomar seu discurso.
FONTE Agencia O Globo
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