Reprodução: G1
O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou nesta sexta-feira (21),
por meio de seu microblog no Twitter, que preparou um relatório sobre
as acusações publicadas pela imprensa durante a semana, as quais ele
classificou como "mentiras".
Ao responder uma indagação
sobre se teria audiência marcada com a presidente Dilma Rousseff nesta
sexta, Orlando Silva disse: "Não [tenho audiência marcada]. Mas preparei
um relatório com mentiras publicadas desde [o] fim de semana.
Impressiona tantos ataques sem qualquer prova."
"Mais um
dia e nenhuma prova contra mim foi apresentada. Não serão, porque não
existem provas, não existem fatos. É tudo mentira", disse ele em outro
post.
Na noite de quinta (20), em entrevista ao Jornal da
Globo, Orlando Silva disse que está pronto para dar todas as explicações
à presidente. Ele reafirmou que não há provas contra ele.
“O
tempo vai passar, amanhã vai chegar, os próximos dias e perguntarei de
novo: onde estão as provas? Não aparecerão porque as provas não existem.
Disseram que eu recebi dinheiro. Onde estão as provas? Elas não
existem, mas a verdade vai se impor”, afirmou Orlando Silva.
A
presidente Dilma Rousseff chegou na noite desta quinta da África e foi
direto para o Palácio da Alvorada. Logo em seguida, chegaram os
ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Articulação Política,
Ideli Salvatti, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, mais o
secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho.
Já o
ministro Orlando Silva permaneceu no ministério reunido com a equipe
dele. Há expectativa é de que um encontro entre ele e a presidente
ocorra nesta sexta.
Denúncias
João Dias
Ferreira é o pivô das denúncias contra Orlando Silva, publicadas em
reportagem da revista "Veja" do último fim de semana. Em entrevista, ele
disse que o ministro teria recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$
100 na garagem do ministério.
O policial foi preso no ano
passado na Operação Shaolin, deflagrada pela Polícia Civil do DF para
investigar fraudes no programa Segundo Tempo, destinado a promover o
esporte em comunidades carentes. As ONGs de João Dias, relacionadas ao
kung-fu, são suspeitas de desviar verba de convênios assinados com o
Ministério do Esporte.
A Controladoria-Geral da União pede a
devolução de mais de R$ 4 milhões repassados pelo Ministério do Esporte
a entidades de João Dias.
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