terça-feira, 11 de outubro de 2011

Fim do exame PSA pode comprometer saúde masculina


Um painel de cientistas dos Estados Unidos pediram o fim de um dos principais exames para a detecção do câncer de próstata - PSA (antígeno prostático específico, na sigla em inglês).
De acordo com esse grupo de especialistas, o teste não mostra a diferença entre tumores que irão ou não afetar a saúde dos homens durante sua vida.

Entretanto, boa parte dos médicos que trabalham diretamente com os pacientes que tratam o problema afirma que a ausência desse exame é muito perigosa e que ele continua sendo o método mais eficaz para identificação do câncer de próstata.

Para Dr. Daher Chade - médico urologista do Instituto do Câncer de São Paulo e do Hospital Sírio Libanês - essa postura pode trazer riscos irreversíveis a saúde pública.

"É um absurdo por que este painel tem o objetivo de encontrar formas de economizar para os convênios e seguros de saúde americanos. Eles utilizam pesquisas de outros pesquisadores e interpretam de uma forma que possa evitar realização de exames. Portanto, a opinião deles tem baixo nível de evidência na ciência, além de não representar a opinião de nenhuma associação ou sociedade de oncologistas" explica Dr. Chade.

Para o urologista, é importante ouvir a classe médica para saber a importância do exame. "Nos EUA, a Associação Americana de Urologia tem dados de grandes estudos comprovando que o PSA salva muitas vidas", afirma Dr. Chade.

Conforme estudo com 180 mil pacientes realizado na Europa é possível salvar a vida de 1 homem a cada 48 de realizam o exame. Os estudos demonstram tanto benefício com o uso do PSA, que tem sido até difícil realizar novos estudos nesta área, pois poucos são os pacientes que aceitam não realizar a prevenção para o câncer de próstata.

"Isto foi o que ocorreu no maior estudo americano nesta área, publicado no New England Journal of Medicine, no qual a maioria dos pacientes do grupo selecionado para não realizar o PSA fez o exame antes de entrar no estudo ou mudou de grupo durante a pesquisa, passando a realizá-lo periodicamente", afirma Dr. Daher. 
FONTE: O Imparcial

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