FONTE: G1
Foto: G1
Papai gostou. Joel Santana nem foi apresentado ao Bahia, mas pôde
celebrar uma importante vitória da equipe neste domingo. O Tricolor de
Salvador foi ao Engenhão e usou a inteligência e experiência de seus
jogadores para aproveitar a frágil defesa do Flamengo e vencer por 3 a
1, no Engenhão com direito a dancinha e olé. Sem triunfar há seis jogos
(três derrotas e três empates) no Brasileiro, o time carioca afunda na
crise e termina a rodada em quinto, com 36 pontos. Só não tem mais do
que se queixar porque o líder Corinthians perdeu para o Coritiba e
continua a quatro pontos de distância.
O time rubro-negro
sentiu a falta de Ronaldinho, que está em Londres com a Seleção
Brasileira. Porém, os equívocos defensivos foram mais preponderantes
para o revés. Dois dos três gols sofridos foram em jogadas aéreas do
adversário.
O Bahia pôs fim à série de cinco jogos sem
triunfos e celebrou o gás na luta contra o rebaixamento. O time pula
para os 24 pontos e abre três do Z-4. Houve uma dose extra de motivação
do novo treinador. Joel acertou o contrato na noite de sábado e
preocupou-se em ligar para jogadores importantes do elenco, como o
atacante Souza, com quem trabalhou no próprio Flamengo em 2007 e 2008,
para “pedir” a vitória de presente. Conseguiu. O time visitante resolveu
a partida no primeiro tempo, com gols de Titi, Dodô e Souza. Renato
descontou para o Fla.
Na próxima rodada o Flamengo visita o
Corinthians, quinta-feira, no Pacaembu. No mesmo dia o Bahia recebe o
Grêmio, no estádio de Pituaçu.
Caos aéreo no Flamengo
Vanderlei
Luxemburgo cedeu às vaias da torcida rubro-negra em jogos anteriores e
tirou Welinton da escalação inicial, mas descobriu em apenas 45 minutos
que ele não era o culpado de todos os males defensivos. O zagueiro
cumpriu suspensão na derrota por 3 a 2 para o Avaí por causa da expulsão
no clássico contra Vasco e perdeu a vaga para Gustavo. O Geladeira,
como é conhecido, iniciou ao lado de Ronaldo Angelim. Na última partida,
os dois foram criticados por causa da falta de velocidade para conter o
ataque avaiano.
Alex Silva e David Braz continuam fora por causa de problemas médicos. Luxa explicou a opção antes de a partida começar:
-
No futebol, às vezes o que é certo não é o certo. Temos que recuar um
pouquinho para depois avançar. O Welinton é muito contestado, mas temos
estatísticas que com ele o time tem mais segurança. Neste momento é
importante dar uma segurada.
Ricardinho, Carlos Alberto,
Souza e Reinaldo. O quarteto ofensivo do Bahia transpirava experiência e
cadenciou o jogo nos dez minutos iniciais. Porém, sem chances de gol
efetivas. O Flamengo não se organizou sem Ronaldinho. Principalmente
porque os articuladores Thiago Neves e Bottinelli enfileiraram passes
errados.
A principal opção ofensiva era pela esquerda, com
Junior César. Mas um problema recorrente custou caro aos cariocas: a
falta de aptidão para marcar as bolas aéreas. Aos 22, Ricardinho bateu
escanteio, Paulo Miranda ganhou na cabeça e Tite, totalmente livre,
dominou e chutou no alto para abrir o placar.
Até os 28
minutos, o Bahia havia cometido nove faltas e o Flamengo apenas uma. Em
uma das muitas chances de bola parada, o Rubro-Negro empatou. Renato
cobrou de longe, a bola desviou na barreira e enganou o goleiro Tiago. O
empate não durou muito tempo. Souza fez bem o pivô, se livrou de
Gustavo e rolou para o lateral-esquerdo Dodô ganhar de Willians na
corrida e bater por baixo de Felipe.
A dupla Deivid e Jael,
lenta e sem mobilidade, pouco incomodou a zaga baiana. O ponto fraco do
Flamengo ficou exposto novamente aos 45. Após falta lateral, Dodô
levantou, Felipe fez linda defesa em desvio de Carlos Alberto, Jael
tentou afastar, mas Souza, de peixinho, empurrou para o gol. A torcida
rubro-negra vaiou a saída de campo e pediu raça. Em vão.
Ala experiente do Bahia cozinha o jogo e garante vitória
A
desorganização do Fla continuou, e o Bahia prosseguiu perigoso na
segunda etapa. A fórmula dos veteranos funcionou para prender a bola no
ataque e teve a boa colaboração da velocidade de Reinaldo e depois Jones
para, em todos os momentos, incomodar. O Fla quase diminuiu em uma bola
levantada por Thiago Neves e cabeceada por Renato. Tiago espalmou. O
goleiro do Bahia também salvou dessa forma um chute forte de Junior
César.
Luxemburgo fez uma substituição tripla aos 11
minutos e trocou Léo Moura, Bottinelli e Deivid por Fierro, Diego
Maurício e Negueba. Foi algo pior do que o famoso "seis por meia dúzia".
Em menos de dez minutos em campo, Negueba e Fierro ouviram vaias por
causa dos erros em jogadas triviais. O chileno também levou uma caneta
desmoralizante de Jones.
O Bahia postou-se atrás e não teve
dificuldade para bloquear a insistência do Flamengo em infrutíferos
cruzamentos para o solitário e estabanado Jael. Sem ter o que comemorar
no Engenhão, a torcida rubro-negra arrumou um jeito de vibrar e
comemorou os gols sofridos por Corinthians e Vasco contra Coritiba e
América-MG, respectivamente. Enquanto as duas torcidas gritavam “olé’ a
cada toque de bola do Bahia, Junior deu um chapéu em Gustavo e só não
marcou um golaço porque Felipe fez ótima defesa. A partida terminou com
vaias dos rubro-negros e festa da minoria baiana. Ah, e um sorriso de
canto de rosto do Papai Joel.






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