Médicos, os deputados Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) e César Colnago
(PSDB-ES) classificaram de “absurdo” o Ministério da Saúde limitar
acesso a remédio para tratamento de câncer. Reportagem do jornal “Folha
de S. Paulo” desta sexta-feira (9) mostra que o ministério está
limitando o número de pacientes com leucemia mieloide crônica que terão
direito a drogas mais caras para tratar a doença. Os tucanos
consideraram lamentável e desumano o governo federal agir dessa forma
com quem precisa.
Na semana passada, o hemocentro da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) recebeu uma lista da pasta vetando, nominalmente, 14 pacientes
de continuar recebendo a medicação. Um professor da universidade usou
uma expressão muito adequada para esta maldade: “É uma ’lista de
Schindler’ às avessas”.
O governo tem que rever sua posição porque é inadmissível admitir uma
situação dessa, na avaliação de Colnago. “É um absurdo, pois o Sistema
Único de Saúde (SUS) garante esse medicamento aos pacientes. O governo
tem tantos gastos supérfluos com cargo comissionado, viagens, diárias,
cartão corporativo, além dos desvios e na hora de ajudar quem precisa
faz isso. É uma falta de responsabilidade social”, reprovou.
Gomes de Matos, por sua vez, lamentou o fato de o governo petista só
falar em saúde quando o assunto é cobrar mais imposto do cidadão. “O que
é preciso é acabar com o gasto irresponsável e dar acesso à saúde. É
triste vermos vários pacientes chegarem até a falecer, por precisarem do
uso contínuo do remédio e não terem. Às vezes um paciente precisa
entrar na justiça para poder ter o direito ao medicamento”, lamentou.
FONTE: Letícia Bogéa
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