segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Acusações de Gláucio Alencar contra Aluísio Mendes devem ter a medida que merecem


Gláucio Alencar acusa secretário de manipular inquérito para proteger a família Teles em Barra do Corda
É reveladora a matéria de autoria do jornalista Oswaldo Viviane publicada neste domingo no Jornal Pequeno levantando dúvidas sobre os verdadeiros mandantes dos jornalista Décio Sá.
Mas é bom que não se perca o equilíbrio e também que se duvide que tudo pode não passar de uma estratégia da defesa de Gláucio Alencar, acusado pela polícia do Maranhão e preso junto com o pai e outros comparsas. Na cadeia todo mundo é inocente.
Se houve manipulação no inquérito, houve também uma espécie  de conspiração envolvendo o secretário Aluísio Mendes, o Ministério Público e a Justiça, que concedeu a prisão com base nos autos.
Outra coisa, e aí não se pode confundir com as investigações do caso Décio, é o assassinato do vereador Aldo Andrade em plena e disputada campanha eleitoral para a prefeitura de Barra do Corda. A gravação de um telefonema, que por acaso vazou dentro de um estúdio de rádio, onde o secretário manda recado e diz que não foi crime político e fala em uma “Ela” é comprometedora e não basta apenas dizer, como disse ao JP, que não se lembra em que contexto essa terceira pessoa teria sido citada em sua conversa.
Ainda mais quando entre os primeiros suspeitos dos dois assassinatos está Pedro Teles, irmão do deputado Rigo Teles e filho do prefeito derrotado em outubro passado, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim; e são todos  da base histórica da governadora Roseana Sarney.
Aluísio Mendes: entre o absurdo e a possibilidade da verdade das acusações de Gláucio Alencar
A suspeita de manipulação dos dois inquéritos ainda pode aumentar caso se confirme a intenção do secretário em se candidatar a deputado federal em 2014, com o apoio da família Teles. Seria uma espécie de crime político hediondo, onde se acusa inocentes e se protege os culpados com interesses eleitorais.
É importante que Aluísio Mendes esclareça essas questões para não colocar por água abaixo o excelente trabalho realizado na solução do assassinato de Décio Sá, com a prisão do executor e dos supostos mandantes em tempo recorde.


Como também que tenha a mesma celeridade para concluir o inquérito sobre o crime de agiotagem que envolve vários prefeitos para que se afaste a suspeita de que as investigações estejam servindo de barganha em troca de apoio político.
Não podemos esquecer que a única garantia da agiotagem para receber suas dívidas é a violência ; e não é no cartório que executam os devedores.
E lembrar, que no caso da Polícia, o Ministério Público e a Justiça – ao contrário do cidadão – pelos meios e poder que possuem para investigar,  acusar e condenar, são culpados até que se prove ao contrário.
Mas que tenham essa chance antes de sairmos apontando o dedo para A ou para B.
Importante também cobrar da Polícia Federal o resultado de sua atuação no caso depois que o deputado  Domingos Dutra, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, solicitou oficialmente que ela também investigasse o assassinato de Décio Sá.
As primeiras audiências do caso Décio na Justiça estão marcadas paras os dias 28, 29, 30 e 31 de janeiro, na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Calhau, e serão presididas pela juíza Ariane Mendes Castro Pinheiro, a titular da Vara.
Leia a matéria do JP em http://www.jornalpequeno.com.br/2013/1/13/policia-prendeu-inocentes-para-blindar-aliados-do-governo-241899.htm

0 comentários:

Postar um comentário