Na audiência pública realizada nesta quinta-feira (24/11) em Santa
Luzia, pela Comissão em Defesa dos Direitos Humanos e Minorias, em
parceria com a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, o
deputado André Fufuca (PSD), autor da solicitação, afirmou que o
município enfrenta graves problemas na área de segurança. Houve uma
grande participação popular na audiência, realizada na Câmara Municipal,
com as presenças também de autoridades públicas e representantes de
povoados e bairros, que reforçaram com testemunhos que a população de
Santa Luzia tem sido submetida a vários tipos de violência, a exemplo de
assaltos constantes e agressões físicas.
Ausência - André Fufuca
explicou que a audiência serviu para coletar diretamente da população
propostas de melhorias para a área de segurança para o município, que
serão entregues ao secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes.
Fufuca contou que o secretário não pôde participar da audiência e que
chegou a lhe solicitar que a suspendesse, por conta da paralisação dos
policiais militares e bombeiros, mas como o evento já estava agendado
não foi possível. Em toda audiência, as reivindicações principais
apresentadas foram em torno do aumento do efetivo e implantação de uma
companhia policial e de mais uma delegacia da Polícia Civil.
Soluções - 'São assaltos constantes a empresários, que se sentem reféns;
e a população se tranca em casa, porque não pode sair. Essa região tem
que ser respeitada. Por isso, venho em nome da Assembleia, buscar
solução. Vários povoados estão sem delegacias ou postos policiais',
afirmou André Fufuca, na abertura do evento, mas destacou o empenho do
secretário Aluísio Mendes, em ampliar as ações na área de segurança.
O foco geral dos depoimentos foi para que a população e as autoridades
públicas unam-se em busca da solução do problema. Um dos depoimentos foi
prestado pela ex-secretária de Educação do município, Francinete do
Vale, presidente do PT, que afirmou que a violência começa na falta de
qualidade na educação que a população recebe. O primeiro-tenente
Holanda, comandante do destacamento policial, há seis meses no cargo,
também disse 'que investir em educação é a base de tudo, para que se
tenha segurança pública de qualidade'.
A promotora Fabíola
Fernandes citou que a região como um todo enfrenta esses problemas e
pregou um trabalho em parceria envolvendo todos os segmentos. Afirmou
que é preciso aumentar o efetivo de 16 policiais para 38 e contou que
entrou com ação civil pública para obrigar o Estado a fazer isso, mas
ele ainda não cumpriu. As declarações da juíza Marcele Viana foram na
mesma linha, ao afirmar que faltam educação, melhor estrutura e maior
efetivo. Já o prefeito Márcio Rodrigues contou que por várias vezes
pediu uma companhia para a cidade e falou das ações que o município tem
feito, a exemplo do que já havia dito o secretário de Governo, o
ex-deputado Oséas Rodrigues, pai do prefeito.
FONTE: Waldemar Têrr-Agência Assembleia
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