terça-feira, 29 de novembro de 2011

População de Santa Luzia denuncia que está abandonada

Na audiência pública realizada nesta quinta-feira (24/11) em Santa Luzia, pela Comissão em Defesa dos Direitos Humanos e Minorias, em parceria com a Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, o deputado André Fufuca (PSD), autor da solicitação, afirmou que o município enfrenta graves problemas na área de segurança. Houve uma grande participação popular na audiência, realizada na Câmara Municipal, com as presenças também de autoridades públicas e representantes de povoados e bairros, que reforçaram com testemunhos que a população de Santa Luzia tem sido submetida a vários tipos de violência, a exemplo de assaltos constantes e agressões físicas.
Ausência - André Fufuca explicou que a audiência serviu para coletar diretamente da população propostas de melhorias para a área de segurança para o município, que serão entregues ao secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes. Fufuca contou que o secretário não pôde participar da audiência e que chegou a lhe solicitar que a suspendesse, por conta da paralisação dos policiais militares e bombeiros, mas como o evento já estava agendado não foi possível. Em toda audiência, as reivindicações principais apresentadas foram em torno do aumento do efetivo e implantação de uma companhia policial e de mais uma delegacia da Polícia Civil.
Soluções - 'São assaltos constantes a empresários, que se sentem reféns; e a população se tranca em casa, porque não pode sair. Essa região tem que ser respeitada. Por isso, venho em nome da Assembleia, buscar solução. Vários povoados estão sem delegacias ou postos policiais', afirmou André Fufuca, na abertura do evento, mas destacou o empenho do secretário Aluísio Mendes, em ampliar as ações na área de segurança.
O foco geral dos depoimentos foi para que a população e as autoridades públicas unam-se em busca da solução do problema. Um dos depoimentos foi prestado pela ex-secretária de Educação do município, Francinete do Vale, presidente do PT, que afirmou que a violência começa na falta de qualidade na educação que a população recebe. O primeiro-tenente Holanda, comandante do destacamento policial, há seis meses no cargo, também disse 'que investir em educação é a base de tudo, para que se tenha segurança pública de qualidade'.
A promotora Fabíola Fernandes citou que a região como um todo enfrenta esses problemas e pregou um trabalho em parceria envolvendo todos os segmentos. Afirmou que é preciso aumentar o efetivo de 16 policiais para 38 e contou que entrou com ação civil pública para obrigar o Estado a fazer isso, mas ele ainda não cumpriu. As declarações da juíza Marcele Viana foram na mesma linha, ao afirmar que faltam educação, melhor estrutura e maior efetivo. Já o prefeito Márcio Rodrigues contou que por várias vezes pediu uma companhia para a cidade e falou das ações que o município tem feito, a exemplo do que já havia dito o secretário de Governo, o ex-deputado Oséas Rodrigues, pai do prefeito.
FONTE: Waldemar Têrr-Agência Assembleia

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