A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, disse que o governo fará
esforços para levar para o Brasil parte das exposições apresentadas na
Europalia 2011, bienal realizada na Europa, que a cada ano homenageia um
país. Esse ano o país reverenciado é o Brasil.
"O mais
difícil são as exposições, porque há obras que estão em museus de várias
partes do mundo e muitas que são de colecionadores. Existem obras
também que já serão emprestadas para outras exposições. Mas se a gente
conseguiu reunir isso aqui [na Bélgica], a gente agora precisa fazer um
esforço para poder mostrar no Brasil, ao menos algumas partes dessas
várias exposições que estão espalhadas por Bruxelas e outras cidades da
Bélgica. Queremos mostrar pelo menos as partes mais expressivas para o
Brasil", disse a ministra em entrevista à Agência Brasil.
São
2.650 peças em exposição na Europalia, de 700 artistas. Dessas obras,
850 são tombadas pelo Patrimônio Histórico Brasileiro. De acordo com a
ministra, ainda não há recursos previstos para levar obras raras para o
Brasil. Lembrou, no entanto, que em outubro passado a própria presidenta
Dilma Rousseff, ao participar, em Bruxelas, da cerimônia de abertura do
festival, falou do desejo de ter as obras em exposição no Brasil.
"Quando
estávamos visitando a exposição, nós chegamos a comentar que sentíamos
uma certa frustração por não ter um acervo tão rico quanto o que foi
reunido aqui para ser visitado pelos brasileiros", disse a ministra.
O
festival é grandioso e custou ao Brasil cerca de R$ 30 milhões. São
cerca de 600 eventos em programações que incluem artes plásticas (24
exposições), música (171 shows e concertos), dança (67 espetáculos),
teatro (40), literatura (29 eventos) e cinema (77 filmes). "O que
trouxemos para a Bélgica é um Brasil que existe, mas é um Brasil que não
se conhece. Aqui na Bélgica nunca chegou coisa parecida", destacou a
ministra.
Uma das maiores exposições em Bruxelas é a Terra
Brasilis, em cartaz no espaço cultural ING, na capital belga. A mostra,
que reúne mais de 400 peças entre pinturas, gravuras, livros, objetos de
decoração e animais empalhados, além dos projetos naturais com amostras
de botânica.
Impressiona também a exposição Brasil,
Brazil, em cartaz no Bozar, centro cultural dos mais importantes de
Bruxelas. A mostra faz um passeio pela arte brasileira desde o século
XVIII até a modernidade. Nesse percurso, obras de Aleijadinho, valiosas
telas do período romântico como a primeira missa no Brasil, de Victor
Meirelles, e Tiradentes Esquartejado, de Pedro Américo. Já na fase
moderna, vários exemplares de Tarsila do Amaral incluindo o
Antropofagia, símbolo máximo do modernismo brasileiro.
Além
disso, obras-primas de Anita Malfati, Cândido Portinari, Alberto da
Veiga Guignard, Di Cavalcanti, Vicente do Rego brasilMonteiro, Lazar Segall,
Alfredo Volpi, Maria Martins e Arthur Bispo do Rosário tornam
incalculável o valor da exposição.
FONTE:Agencia
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