domingo, 1 de agosto de 2010

A terceira idade cria chances para cuidadores

POR LEILA SOUZA LIMA

O número de idosos vai dobrar em 20 anos no País, segundo dados do IBGE. Em 2008, o total de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil era de 21 milhões. O Rio de Janeiro é capital nacional da terceira idade, com 14,9% da população acima dessa faixa. Diante dessa realidade, especialistas apontam o cuidador de idosos como uma das profissões mais importantes do futuro. Em geral, eles ganham a partir de R$ 1 mil mensais, em casa de classe média, dormindo no emprego de segunda a sexta ou em plantões. Mas é preciso mais que preparo técnico — a profissão exige entrega maior do que em muitas outras ocupações.

A área se tornou tão importante que levou o governo federal a implementar o Programa Nacional de Formação de Cuidadores de Idosos, executado por escolas técnicas do Sistema Único de Saúde de todo o País. “Não é necessário ser enfermeiro. É uma ocupação de livre exercício. Mas é recomendável se qualificar nos conhecimentos básicos, na saúde e nos direitos do idoso, além das atividades diárias, como higiene, alimentação, vulnerabilidade e segurança”, explica Daniel Groisman, coordenador do curso oferecido em parceria pelos ministérios do Desenvolvimento Social e da Saúde na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, na Fiocruz.

EMPREGOS APÓS OS 40

A profissão foi criada pelo projeto de Lei 6.966/06, que prevê que esse profissional presta ajuda domiciliar a pessoas que não podem realizar tarefas cotidianas básicas. A regulamentação está em andamento. Na prática, patrões contratam pelo regime do empregado doméstico, com os mesmo direitos.

É o que caracteriza o emprego de Magna Samuel, 46 anos, que cuida de uma senhora e faz serviços domésticos. Após viver com os pais por quase toda a vida, ela tornou-se independente quando passou a prestar assistência. “Tive alguns empregos, mas fiquei muito tempo parada. Então, fiz um curso e passei a cuidar de uma senhora. Gosto muito do que faço. A pessoa não pode forçar a barra para trabalhar nessa área”, ensina Magna.
FONTE: O DIA

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