Luciana Lóssio dá exemplo de coerência e se diz impedida de relatar o caso Roseana Sarney no TSE
Venho aqui elogiar a postura da ministra Luciana Lóssio que se declarou impedida de relatar e julgar o processo que pede a cassação da governadora Roseana Sarney e do vice Washington Oliveira (PT).
O elogio é pela coerência da ministra que foi advogada de acusação em processo idêntico contra Jackson Lago, na banca promovida por Roseana Sarney.
Ora, se ela cusou Jackson não teria como agora inocentar Roseana pelo mesmo motivo. Foi coerente consigo mesmo, o que é raro hoje em dia, ainda mais quando essa coerência não se limita à corte, mas a sua vida profissional como advogada.
É um exemplo para o exercício da advocacia, que muitas das vezes tem uma lógica própria para cada cliente.
Creio que o seu impedimento não foi apenas por ter defendido Roseana, mas por, ao fazê-lo, acreditou em uma tese que agora não poderia contrapor.
Elogio maior ainda pela rapidez com que se disse impedida, pois poderia levar o tempo que quisesse para anunciá-lo, protelando ainda mais o julgamento da governadora.
Alegando suspeição por motivo de fórum íntimo, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral devolveu processo à presidente Carmem Lúcia, para ser redistribuído. A relatoria deverá ser entregue a outro ministro.
De acordo com parecer do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, a governadora do Maranhão é acusada de ter firmado 979 convênios ilegais com prefeituras do interior, em um total de R$ 400 milhões; além de ter distribuído casas populares sem execução orçamentária prevista no ano anterior às eleições.
Se o grupo Sarney contava com essa protelação e pela presteza com a causa pública com que Luciana Lóssio se disse impedida, é bom começar a colocar a barba, ou melhor, o bigode de molho….
fonte: Blog do Raimundo Garrone
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