sexta-feira, 5 de julho de 2013

Maranhão tem apenas um médico para cada dois mil habitantes

O Sudeste é a região do país que mais concentra médicos, são pouco mais de dois para cada mil habitantes. Já na região Nordeste esse número cai e o Maranhão é o último da lista com o pior índice, menos de um médico para atender mil pessoas.

O fato do Sudeste está acima da média nacional se explica pela região ser bem servida de infraestrutura e de recursos que ajudam a manter os profissionais não só nos grandes centros, mas principalmente em regiões mais afastadas e comunidades dos interiores de estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo.

Segundo o Ministério da Saúde, dos 360 mil médicos em atividade no Brasil em 2012, 206 mil trabalhavam na região Sudeste. Destes apenas 4% dos registrados em conselhos estão na região Norte. A porcentagem equivale a 0,9 médico por mil habitantes.

Cinco estados brasilieros estão com menos de um médico para atender a quantidade de pacientes recomendado pelo Ministério que destaca como a pior situação o Maranhão. O estado apresenta uma quantidade muito inferior 0,58 médico para cada 1 mil habitantes, atrás de estados como Amapá, Pará e Piauí que também estão a baixo da média nacional que é de 1,8 médico/mil habitantes, também considerada inferior pro que é necessário ao Brasil.

Para o Presidente do Conselho Regional de Medicina, Abdon Murad, os dados do Ministério da Saúde tentam maquiar a realidade existente na maioria dos estados do país. Segundo ele não faltam médicos, mas sim condições necessárias para a execução dos trabalhos e o atendimento ideal para a população. "Esses dados confundem a cabeça das pessoas. Na realidade no estado falta condições de trabalho, laboratórios, aparelhos, além da baixa remuneração", afirma o presidente.

De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Maranhão, um médico ganha em média dois mil reais por 20 horas de trabalho semanais.

"O estado tem que elaborar um plano de carreira para os médicos e oferecer condições de estrutura para que estes possam viver em regiões consideradas inóspitas, para que a família  deste profissional tenha condições de estudar e ter qualidade de vida", acrescenta Abdon Murad.

A alternativa do governo para sanar a problemática é contratação de médicos estrangeiros sem a revalidação, prova necessária para analisar a qualificação do profissional da saúde.

A medida está sendo amplamente contestada pelo médicos brasileiros que não concordam com a vinda de estrangeiros.

Nesta quarta-feira (3) os conselhos realizaram paralização em vários estados, em paciatas pelas ruas eles se manifestavam contra a medida do governo. Em São Luís a caminhada percorreu as ruas do centro da cidade até a prefeitura municipal.
FONTE: O Iparcial

0 comentários:

Postar um comentário