sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cléber Verde e Edson Araújo podem ter mandato cassado em dezembro


 23/11/2012 11:06
Édson Araújo e Cleber Verde podem ser cassados por conta de abuso de poder (Claudio Mora/ CB/ D.APRESS)
Édson Araújo e Cleber Verde podem ser cassados por conta de abuso de poder
Ainda em dezembro deve entrar na pauta do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) o processo que pede a cassação de mandato dos parlamentares Edson Araújo (PSL) e Cléber Verde (PRB), o primeiro é deputado estadual e o segundo ocupa uma cadeira na Câmara Federal. Os dois são acusados de se beneficiar eleitoralmente de ato público da Superintendência federal da Pesca e Aquicultura do Maranhão. 

Já joi encerrada a fase de oitivas e todas as diligências solicitadas pelos acusados foram realizadas. Quem ainda poderia pedir novas testemunhas seria o Ministério Público e os interessados, que não o farão mais. O relator do processo, desembargador José Bernardo Rodrigues abrirá agora o prazo de 48 horas para alegações finais e em seguida, já pode colocar para votação. Como o MP é parte, ele também tem o mesmo prazo de dois dias para alegações finais. 

Entenda o caso - O superintendente federal da Pesca e Aquicultura do Maranhão, Júnior Verde, irmão do deputado Cléber Verde (PRB), realizou evento para pescadores e presidentes de colônias de pescas na Asfem-Filipinho, durante o período de campanha eleitoral de 2010. Segundo a representação eleitoral, houve flagrante da Polícia Federal de que no local houve pedido de votos para a dupla. A caracterização do crime se daria pelo fato do evento ter sido patrocinado com dinheiro da Superintendência da pesca, com convite no site do órgão. A acusação ainda chama a atenção para o aumento do número de beneficiários do seguro-defeso no ano seguinte.

O Ministério Público e o suplente de Edson Araújo, Nonato Aragão (PSL), pedem a cassação do diploma de todos os envolvidos, indeferimento de seus registros, que sejam declaradas suas inelegibilidades e aplicação de multas.
Se condenados, os acusados podem ficar inelegíveis por oito anos e terem seus registros ou diplomas cassados. Ainda que condenados no TER-MA, o processo cabe recurso ao TSE. A acusação também já garante que recorrerá em caso de derrota. 

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