quinta-feira, 26 de abril de 2012

Brasil teve 27 crimes contra a imprensa em seis meses, aponta relatório da SIP

 
O assassinato do jornalista Décio Sá repercutiu em vários veículos da mídia nacional e estrangeira, com destaque para os noticiosos da Rede Globo e dos portais dos jornais Folha de S. Paulo, Estado de S. Paulo e Correio Braziliense.
Em relatório divulgado na segunda-feira (23), a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) aponta para um aumento nos casos de assassinatos de jornalistas no Brasil – no período de seis meses, foram registrados 27 casos de crimes e violências contra a imprensa, incluindo assassinatos, agressões e atentados.
A sociedade pede punição aos homicídios e afirma que a morosidade da Justiça estimula a impunidade no Brasil.
No último dia de reunião em Cádiz, na Espanha, a sociedade destacou que, de cinco jornalistas assassinados, três crimes estavam relacionados ao exercício da profissão.
'Governos de origem democrática, porém autoritários, utilizam os meios de comunicação estatais para perseguir e difamar a mídia independente', diz o documento, citando em especial cinco países: 'Venezuela, Equador, Argentina, Bolívia e Nicarágua enfrentam problemas comuns em mãos de presidentes arbitrários e intolerantes que tentam calar a imprensa crítica'.
O Brasil foi representado na Espanha por Paulo de Tarso Nogueira, consultor do jornal O Estado de S. Paulo e integrante da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP.
A 68ª Assembleia-Geral da SIP está marcada em São Paulo, entre os dias 12 e 16 de outubro.
Levantamento – Levantamento do CPJ (Committee to Protect Journalists) divulgado no último dia 17 indica que o Brasil é o 11º país do mundo em que os assassinatos de jornalistas mais ficam impunes.
De acordo com o 'Índice da Impunidade' elaborado pelo órgão, cinco mortes de jornalistas nos últimos 10 anos não resultaram em nenhuma condenação no país.
Duas dessas mortes aconteceram no ano passado: a do dirigente petista e editor Edinaldo Filgueira, do jornal 'O Serrano', que recebeu seis tiros em 15 de junho. O crime aconteceu em Serra do Mel (a 252 quilômetros de Natal), no Rio Grande do Norte.
Segundo o órgão, também não foi solucionada a morte do apresentador de TV e radialista Luciano Leitão Pedrosa, de Pernambuco. Ele também foi alvo de tiros em abril do ano passado na cidade de Vitória de Santo Antão (a 47 quilômetros de Recife).
Neste ano, outros três jornalistas morreram assassinados: Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, editor-chefe do Jornal da Praça, em Ponta Porã (MS); Mário Randolfo Marques Lopes, chefe de reportagem do site Vassouras na Net, em Barra do Piarí (RJ); e Laércio de Souza, jornalista da rádio Sucesso, assassinado em Camaçari (BA).
(Redação do Diário do Mearim,JP com dados de portais)

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