quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cúpula do PT aumenta pressão para fechar aliança em favor de Roseana

A visita do secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardoso (SP), e do secretário de Organização, Paulo Frateschi, a São Luís traduziu-se ontem no aumento da pressão da cúpula nacional petista em favor de uma aliança com o PMDB no Maranhão. Sem meias palavras, Cardoso e Frateschi deixaram claro que o presidente Lula exige um palanque único da candidata Dilma Rousseff e da governadora Roseana Sarney, que nas urnas do próximo mês de outubro disputará a reeleição.
Os dois emissários da cúpula petista concluíram sua missão, no começo da tarde de ontem, e fizeram questão de dizer que não vieram a São Luís com o suposto propósito de apurar denúncias de compra de votos, no Maranhão, para favorecer uma aliança do PT com o PMDB. Ambos foram enfáticos ao afirmar que não vieram fazer sindicância e sim “construir o entendimento”, com a prioridade de fortalecer a aliança nacional – do PT com o PMDB – tão almejada pelo presidente Lula e pela cúpula petista.
“Saio daqui esperançoso de que poderemos encontrar um denominador comum, que permita equacionar a questão do Maranhão”, afirmou José Eduardo Cardoso, quando indagado sobre a apuração da denúncia publicada pela revista Veja, dando conta de que delegados petistas teriam sido cooptados mediante pagamento em dinheiro para apoiar a tese de aliança com o PMDB.
Cardoso e Frateschi ouviram os delegados citados na matéria da Veja e outros membros do partido e afirmaram, no começo da tarde de ontem, que o desfecho desta questão política tem um prazo: o próximo dia 11. Segundo informou Cardoso, caberá à Direção Nacional qualquer decisão em relação ao caso e a política de aliança no Maranhão.
Ele confirmou para o dia 11 a decisão final sobre a questão. O secretário-geral disse que a denúncia repercutiu mal para o PT e por isso vieram a São Luís apurar a situação. “A vinda da direção nacional ao Maranhão foi importante e ajuda muito no processo de diálogo entre todos os membros da direção estadual”, declarou José Eduardo Cardoso, logo após a reunião final realizada na sede do PT/MA, na Rua do Ribeirão.
“Os fatos aqui apurados nós vamos relatar à direção nacional, para que sejam definidas as providências que devem ser tomadas. Mas o que eu sinto é que existe uma possibilidade de entendimento. Nós temos aqui lideranças maduras, gente que ajudou a construir o PT, gente responsável e identificada com o projeto maior do partido. Portanto eu acredito que nós temos condições de encontrar um denominador comum”, afirmou Cardoso.
Questionado sobre o saldo da visita, Cardoso explicou que não veio a São Luís, para formalmente, recolher depoimentos. “Nós apenas conversamos. Não viemos aqui para fazer uma sindicância. Nós conversamos com as pessoas, e esse diálogo serviu para se verificar que procedimentos internos poderão ser adotados pelo partido”, declarou Cardoso.
Confronto de opiniões – Estes foram os delegados que deram depoimento pró-Flavio Dino: Marcelo Belfort (Ribamar Fiquene), Francivaldo Coelho (Cururupu), Arnaldo Colaço (São Luís) Iranilton Araújo Avelar (Urbano Santos) e Maria de Lourdes Moreira da Silva (Buriti). Eis os delegados que se manifestaram a favor da aliança com Roseana Sarney: Rodrigo Comerciario (São Luís), Edmilson Carneiro (Vargem Grande), Fernando Magalhães (São Luís) e Zé Paulo (Governador Edison Lobão).
De acordo com o advogado Antônio Pedrosa, que acompanhou os depoentes, foram muito consistentes as denúncias e com prova concreta de gravação de conversas. Quanto à reunião com os dirigentes do PT Nacional com a Comissão Executiva Estadual eles propuseram que os campos pró-Flávio e pró-Roseana Sarney sentem chegar a um acordo e que eles poderão estar retornando ao Maranhão antes do dia 11 de junho, que é quando a direção nacional do PT vai decidir sobre a situação.
FONTE; JORNAL  PEQUENO

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