sábado, 23 de agosto de 2025

Gracilene Pinto: memória, resistência e identidade na literatura maranhense

A escritora Gracilene Pinto, ou Grace do Maranhão, é mais do que uma autora que publica livros: ela é uma guardiã de memórias e uma voz de resistência cultural. Sua obra literária, ao mesmo tempo poética e documental, recolhe fragmentos da história do Maranhão e os transforma em narrativas que unem passado e presente, vida íntima e destino coletivo.

Em “Um Voo Poético sobre Athenas”, Gracilene traduz São Luís em versos de louvor e saudade. Mais do que um retrato lírico, o livro é um exercício de pertencimento: a cidade é cantada como espaço de formação, onde infância, juventude e vida adulta se entrelaçam em paisagens e lembranças.

Já em “Do Líbano ao Maranhão – A Saga dos Braide”, a autora percorre as rotas da imigração sírio-libanesa, mostrando como o Maranhão é também terra de encontros, mestiçagens e influências culturais vindas de longe. Ao narrar a saga dos Braide, a obra ultrapassa o registro familiar e se inscreve como contribuição histórica para toda a comunidade árabe no Brasil.

O livro “E aí, troca comigo?” é talvez o mais visceral de sua produção. Nele, Gracilene expõe a própria vida, marcada por um AVC há mais de duas décadas. Mas a narrativa não é lamento: é testemunho de fé, resiliência e superação. O relato pessoal torna-se coletivo ao inspirar leitores a enxergar, na dor, caminhos para a esperança.

Em “Serões na Baixada do Maranhão”, a escritora devolve ao leitor o sabor das conversas de calçada, das rodas de prosa que guardavam saberes e tradições. Mais que crônicas, os textos são um chamado à preservação da cultura da Baixada, um território rico em natureza e história, mas também atravessado por desafios sociais e econômicos.

Por fim, “Cem Anos como os Lírios do Campo” é a síntese da vocação de Gracilene: dar voz ao que ficou à margem da história oficial. Ao narrar a vida de uma mulher de Cajapió que atravessou o século XX, viveu na Zona de Baixo Meretrício e morreu centenária, a autora resgata não apenas uma biografia singular, mas também os bastidores sociais, culturais e políticos de uma época.

O valor da obra de Gracilene Pinto vai além da literatura: está em registrar, em linguagem acessível e sensível, o que muitas vezes é silenciado. Ela escreve como quem costura pedaços da memória maranhense, fazendo de cada livro uma peça de resistência cultural. Em tempos de esquecimento acelerado, sua produção nos lembra que contar histórias é também um ato político.

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Gracilene Pinto confirma, com sua literatura, que a palavra tem poder de preservar, ensinar e emocionar, e que a identidade maranhense permanece viva sempre que é narrada com paixão e coragem.


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