Na manhã deste domingo (17), o Território Quilombola Campo Redondo, em Bacabal, foi lancado o Projeto Artesanato Babaçu, uma iniciativa que alia tradição, sustentabilidade e geração de renda. Financiado pelo Banco da Amazônia e pelo Governo Federal, o projeto conta com o apoio da Prefeitura de Bacabal, do IFMA Campus Bacabal e do Ipam Amazônia.
O objetivo central é capacitar mulheres quilombolas na produção de artesanato a partir do coco babaçu, ampliando oportunidades de trabalho e fortalecendo a economia solidária da comunidade. O projeto também se apresenta como ferramenta de valorização cultural e de melhoria da qualidade de vida para as famílias quilombolas.
Durante a abertura, Marilene, presidente da Associação do Território, destacou a importância do projeto como um marco para a autonomia das mulheres. Em seguida, Luciene Martins, mentora da iniciativa, apresentou os eixos de atuação e a proposta de formação que será desenvolvida ao longo dos próximos meses.
O evento também trouxe um mergulho na memória coletiva com a palestra da professora doutora Jucilane Carlos, que abordou a história do Campo Redondo, cujos registros de ocupação datam do século XVIII. A pesquisadora entregou diplomas de Honra ao Mérito a lideranças que lutaram pelo reconhecimento e titulação das terras quilombolas, gesto que emocionou a comunidade.
A celebração foi animada por uma vibrante apresentação dos mestres de Bumba-meu-boi sotaque de Zabumba, que uniram música e tradição ao espírito festivo do encontro.
O secretário municipal de Agricultura, Raimundo, destacou o apoio da pasta às comunidades quilombolas e ressaltou a relevância de projetos que unem desenvolvimento sustentável e preservação ambiental. O evento também contou com a presença de moradores do Quilombo São Sebastião dos Pretos, que foram prestigiar a iniciativa.
O Projeto Artesanato Babaçu simboliza mais que uma ação de capacitação: é um elo entre arte e natureza, um gesto de resistência e afirmação da identidade quilombola. Ao unir saberes tradicionais e inovação, abre caminhos para que o Campo Redondo fortaleça sua herança ancestral e projete novas perspectivas de futuro.
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