Angela Presidente Nacional da Unegro |
Uma ação civil pública foi ajuizada nesta quarta-feira (10), em Salvador, pela União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro Brasil), contra a Rede Globo, por práticas discriminatórias e racistas.Segundo a ação, a novela “Segundo Sol”, que estreará na próxima segunda-feira (14), não expressa em seu elenco a realidade da sociedade soteropolitana e baiana, já que a imensa maioria dos atores e atrizes integrantes do elenco é formada por brancos, enquanto que Salvador, onde a novela é ambientada, é composta por 85% de negros e negras.
“A prática racista, (...), na verdade, não atinge apenas aos baianos e às baianas. Antes, fere a toda uma população e porque não dizer à sociedade brasileira, haja vista que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD-IBGE, a população brasileira estimada no ano passado, 2017, era de 205 milhões e 500 mil habitantes, sendo que os negros representam hoje a maioria, ou seja, cinquenta e cinco por cento, muito embora esse percentual na Bahia seja mais elevado (quase 80%)”, diz a petição.
De acordo com a socióloga Ângela Guimarães, presidenta da Unegro-Brasil, a ação, que é assinada pelo advogado Egberto Magno, pede na justiça que seja concedida liminar para obrigar a Globo a incorporar negros e negras nos próximos capítulos a serem gravados e que haja atores e atrizes negros em papéis protagonistas, sendo que, “se para implementar essas obrigações for necessária a readequação do roteiro, que sejam adotadas as medidas pela emissora”.
A ação pede ainda que, caso não cumpra eventual decisão judicial, a Globo seja multada em um milhão por dia, valor a ser revertido em inserções de publicidade de caráter educativo sobre a questão racial a serem exibidas nos intervalos da novela “Segundo Sol” e produzidas pela parte autora da ação.
A Ação Civil Pública é de número 8003021-97.2018.8.05.0001 e tramita na 2ª Vara Especial da Fazenda Pública, em Salvador.
Fonte: Unegro
“A prática racista, (...), na verdade, não atinge apenas aos baianos e às baianas. Antes, fere a toda uma população e porque não dizer à sociedade brasileira, haja vista que, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – PNAD-IBGE, a população brasileira estimada no ano passado, 2017, era de 205 milhões e 500 mil habitantes, sendo que os negros representam hoje a maioria, ou seja, cinquenta e cinco por cento, muito embora esse percentual na Bahia seja mais elevado (quase 80%)”, diz a petição.
De acordo com a socióloga Ângela Guimarães, presidenta da Unegro-Brasil, a ação, que é assinada pelo advogado Egberto Magno, pede na justiça que seja concedida liminar para obrigar a Globo a incorporar negros e negras nos próximos capítulos a serem gravados e que haja atores e atrizes negros em papéis protagonistas, sendo que, “se para implementar essas obrigações for necessária a readequação do roteiro, que sejam adotadas as medidas pela emissora”.
A ação pede ainda que, caso não cumpra eventual decisão judicial, a Globo seja multada em um milhão por dia, valor a ser revertido em inserções de publicidade de caráter educativo sobre a questão racial a serem exibidas nos intervalos da novela “Segundo Sol” e produzidas pela parte autora da ação.
A Ação Civil Pública é de número 8003021-97.2018.8.05.0001 e tramita na 2ª Vara Especial da Fazenda Pública, em Salvador.
Fonte: Unegro
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