quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Audiência Pública debate políticas para pessoas com TEA e dá voz a mães atípicas em Bacabal


Em Bacabal aconteceu um importante momento de diálogo e escuta social nesta quarta-feira (10), durante a Audiência Pública promovida pelo Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) com o tema “Debater Políticas Públicas para as Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”. O encontro foi realizado no auditório da Escola Batista e reuniu um público expressivo, formado por mães atípicas, representantes de organizações não governamentais e autoridades locais.

A mesa de abertura contou com a presença das promotoras de justiça Dra. Michelle e Dra. Klycia Menezes, que mediaram os trabalhos e reforçaram o compromisso do MPMA em garantir direitos e propor soluções efetivas para melhorar a qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias.

Após as falas iniciais, o momento mais esperado da audiência foi a abertura para a participação popular. Mães atípicas e representantes da sociedade civil se inscreveram para o uso da palavra, apresentando suas reivindicações e relatos emocionantes. Muitas revelaram situações de esgotamento físico e emocional, dificuldades de acesso a terapias, falta de apoio psicológico e carência de políticas públicas inclusivas. Os depoimentos foram descritos como surpreendentes e impactantes, evidenciando a urgência de medidas para atender às demandas dessas famílias.

A professora Eva Simone, integrante do grupo Acolher TEA, destacou a importância da audiência como espaço de visibilidade e mobilização. “Esse é um passo fundamental para que nossas vozes sejam ouvidas e para que possamos avançar na construção de políticas que respeitem e garantam os direitos das pessoas com autismo”, afirmou.


As discussões apontaram para a necessidade de ampliar o acesso a profissionais especializados, melhorar a estrutura de atendimento nas escolas e oferecer suporte psicológico às famílias, que muitas vezes enfrentam sozinhas os desafios do cuidado diário.

Ao final, as maes atípicas reforçaram que todas as reivindicações apresentadas sejam analisadas pelo Ministério Público e encaminhadas às autoridades competentes, para que se transformem em ações concretas.

A audiência pública deixou claro que o caminho para uma sociedade mais inclusiva passa pelo diálogo e pela participação ativa de quem vive a realidade da exclusão e das dificuldades cotidianas; mães, pais e cuidadores de pessoas com TEA.




























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