Médicos de
diversas especialidades da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) estão
estudando ahistopatologia e
a genética do câncer de pênis para impedir o aparecimento de metástases após a
retirada dotumor. Com o
resultado do trabalho será possível prever qual neoplasia poderá gerar metástase
e agir antes que isso ocorra.
“Sabemos que,
dependendo da profundidade da lesão e do local onde ela está, há mais chances
de gerarmetástases ou não.
Ao analisarmos o DNA e o RNA, podemos comparar os diversos tipos de cânceres
penianos e propor uma nova
abordagem para seu tratamento”, afirma o urologista e um dos participantes do
estudo José deRibamar Calixto.
Ele explica que hoje em dia, após a retirada do tumor, poucos voltam para
consultas deacompanhamento
para saber se o problema voltou. “Quando os pacientes retornam é porque estão
commetástases em
outros locais e não temos mais muito o que fazer”, complementa.
O câncer de pênis
pode migrar para os linfonodos da região inguinal (virilha); se isso ocorre,
ele pode se espalharfacilmente pelo
corpo. O protocolo atual indica a retirada dos linfonodos apenas se houver um
comprometimentopalpável de
tumor. No entanto, o paciente no momento da retirada do câncer de pênis pode não
ter essecomprometimento
e ele surgir mais tarde. Com o estudo genético seria possível indicar em que
casos a retiradados linfonodos é
aconselhável mesmo antes de seu comprometimento.
Casos
Em seis meses, o
grupo de estudos já contabiliza 53 casos da doença somente no Maranhão. “Enviamos
oitoamostras para os
Estados Unidos e foi feita uma análise piloto e já foram detectados 18 genes de
alto grau nesses pacientes. Eram
tumores com uma profundidade”, conta. O objetivo do grupo é em dois anos
coletar 200 casos e poder fazer um
trabalho com a maior estatística da doença no mundo. O grupo é formado por
urologista,oncologista,
geneticista e patologista.
O câncer de pênis
é um tumor de fácil prevenção: basta higienizar adequadamente a região puxando
o prepúcio e expondo a
glande. Em pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia, em 2007, o
Maranhão figurava em terceiro
lugar no ranking dos estados com maior índice de câncer de pênis, atrás de São
Paulo e Ceará.
O estudo foi
apresentado preliminarmente no 35º Congresso Brasileiro de Urologia, realizado
no dia 31 deoutubro no Rio
de Janeiro.
PREVENÇÃO:
Lavaro pênis
diariamente com água e sabão, principalmente após relações sexuais ou masturbação.
Ensinarao menino, desde
cedo, como fazer a higiene do pênis. É preciso puxar a pele e limpar.
Realizar autoexame
mensalmente. Puxe a pele e verifique se há alguma lesão na região.
Realizarexame médico
anualmente.
SINTOMAS:
Ferimentosque não
cicatrizam mesmo após tratamento médico.
Caroços que não
desaparecem mesmo após tratamento e que apresentam secreções e mau cheiro.
Vermelhidãoou coceira
duradouras na glande (cabeça do pênis) de portadores de fimose.
Manchasesbranquiçadas
ou perda de pigmentação em áreas do pênis.
Surgimentode
tumores no pênis ou na virilha (íngua).
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