Os representantes dos países do Brics (Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul) defenderam a implementação de
reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI), para modernizar a
estrutura de governança do órgão e refletir melhor o peso das economias
emergentes. Na Declaração de Fortaleza, documento resultante da 6ª
Cúpula do Brics, realizada ontem (15) em Fortaleza, os cinco países
cobraram a revisão geral das cotas do FMI, sem atrasos.
Após a reunião, a presidenta Dilma Rousseff também defendeu a reforma das cotas, com o cumprimento
dos acordos firmados pelo G20, que previam a reforma do FMI e do Banco
Mundial. Segundo ela, as modificações nas cotas poderiam garantir que essas entidades refletissem o real poder das economias emergentes.
A presidenta destacou que a criação do Novo Banco de Desenvolvimento,
que irá financiar projetos dos países do Brics, não é uma resposta à
falta de reforma do FMI. “É uma resposta às nossas necessidades.
Acredito que, mesmo com a criação do banco do Brics, fica ainda colocada
na pauta a mudança das cotas, que é importante para dar sustentação e
legitimidade a uma instituição multilateral, que é o Fundo Monetário”,
disse.
Outro tema abordado pelos líderes do Brics na declaração final do evento é a necessidade de reforma no Conselho de Segurança
da ONU, para torná-lo mais representativo, eficaz e eficiente. “China e
Rússia reiteram a importância que atribuem ao status e papel de Brasil,
Índia e África do Sul em assuntos internacionais e apoiam sua aspiração
de desempenhar um papel maior nas Nações Unidas”, diz o documento.
Sobre esse assunto, a presidenta Dilma ressaltou que a resolução de conflitos
regionais evidenciam a necessidade de o Conselho de Segurança ser um
órgão de maior representatividade. “Nós afirmamos a paz, a necessidade
de priorizar o diálogo como forma de garantir a resolução de conflitos e
consideramos que o melhor padrão é primeiros seguir as regras das
Nações Unidas, respeitar o direito internacional e agir dentro desse
marco.”
Fonte Agência Brasil
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