Alguns jornalistas, inclusive no campo progressista, trocam ofensas para que veja prevalecer a sua narrativa sobre a guerra na Ucrânia.
Um erro e perda de tempo. Opinião é muito mais a expressão de cultura e preconceitos do que de conhecimento.
Troca de ofensas só produzirá um resultado: o rompimento de laços de amizade ou de coleguismo. Não alterará a visão de quem pensa diferente.
Para um jornalista, o mais importante é buscar informação. Esta sim tem efeito transformador.
A má notícia para quem, por ingenuidade ou não ou direta ou indiretamente se rendeu à propaganda dos EUA e seus aliados na Otan, é que as informações não os favorecem.
Um telegrama vazado pelo Wikileaks revela que, desde 2008, os EUA sabiam que estimular a entrada na Ucrânia na Otan desencadearia uma reação enérgica da Rússia.
Citando fala de um estudioso das questões russas, o embaixador dos EUA baseado em Moscou disse que a adesão da Ucrânia à Otan “encorajaria a Rússia a se intrometer”.
Em consequência, os EUA seriam “estimulados ao encorajamento aberto de forças políticas opostas, deixando os EUA e a Rússia em uma postura clássica de confronto”.
É exatamente o que está ocorrendo. Se sabiam disso, por que os EUA não alteraram a rota de sua política para o Leste Europeu?
É uma resposta que ainda não está clara. A história se encarregará de expor essa verdade. Mas é inegável que o relato do embaixador foi preciso.
É razoável interpretar que a guerra na Ucrânia não foi um erro estratégico dos norte-americanos, mas um objetivo que está sendo atingido
Fonte: Brasil 247
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